Ano novo, finanças novas: como organizar as contas para juntar dinheiro em 2024

Saiba quais as estratégias para se livrar das dívidas e começar a construir uma reserva de emergência no próximo ano.



A chegada de um ano representa uma nova oportunidade de mudar aquilo que queremos mudar e começar a construir o que queremos construir. Para muitos, o grande objetivo para 2024 é reorganizar as contas e começar a juntar uma graninha para garantir o futuro.

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Além de traçar os objetivos, é importante tomar atitudes e realizar ações concretas que levem à sua realização. Sair do endividamento e virar o jogo das finanças não é um desafio fácil, mas é possível de ser concluído.

Renegociar as dívidas

Segundo Eduardo Trigueiro, analista de educação financeira do Sicoob, o momento atual é favorável para consumidores que precisam renegociar as dívidas para sair do vermelho. O programa Desenrola Brasil, do governo federal, segue até o fim de dezembro com descontos e parcelamento para a quitação de débitos bancários e não bancários.

“O ideal é que quem está endividado procure a instituição credora para entender quais são as taxas praticadas atualmente nos seus contratos e, de repente, tentar renegociar”, afirma o especialista.

A queda da taxa básica de juros, a Selic, também favorece a redução dos juros para os devedores. Para decidir o que pagar primeiro, Trigueiro aconselha o cliente a verificar o custo efetivo total (CET) das dívidas e escolher aquelas de maior valor.

Outro ponto importante é considerar sua capacidade de pagamento, ou seja, quanto você pode comprometer da sua renda mensal com a quitação dos débitos. Uma boa oportunidade neste fim de ano é usar o 13º salário para se livrar das contas atrasadas.

Juntar dinheiro

Depois de ficar livre das dívidas, é hora de começar a juntar dinheiro para compor uma reserva financeira de emergência. Esse valor deve ser usado exclusivamente em situações como desemprego, compra de um eletrodoméstico que estragou, conserto do carro e outros cenários adversos.

O ideal é montar uma reserva que cubra de 6 a 12 meses de despesas, incluindo aluguel, alimentação, saúde e outros gastos. Para uma pessoa que gasta R$ 3 mil por mês, por exemplo, a reserva deve variar de R$ 12 mil a R$ 36 mil.

“Esse valor é muito pessoal e dependerá de alguns fatores como empregabilidade, quantidade de dependentes econômicos e mesmo a capacidade financeira. Com essas contas na ponta do lápis, o próximo passo será analisar o quanto é possível disponibilizar por mês até que essa reserva de emergência esteja criada”, explica a educadora financeira.

Hora de investir

O terceiro passo é se tornar um investidor, o que não necessariamente significa aplicar seu dinheiro em ações da bolsa de valores. Existem investimentos de baixo risco em renda fixa, como Tesouro Selic e Certificados de Depósito Bancário (CDBs),

“O investidor é aquele que consegue poupar o dinheiro e multiplicar esse valor. Não apenas para emergências, mas para ter uma reserva que permita até mesmo aproveitar as possibilidades, como comprar algo à vista com desconto”, explica Trigueiro.




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