Se você já usou Tinder, Inner Circle, Happn ou qualquer outro app de relacionamento sabe o quão fácil é fazer um perfil em qualquer uma destas plataformas. Justamente por isso, é muito fácil lesar alguém ou mesmo cair em um golpe.
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Alguns destes aplicativos, inclusive, se empenharam em melhorar sua segurança digital e criaram diversas barreiras para se certificar de que seus usuários estão falando com pessoas reais. No caso do Tinder, por exemplo, ele concede um “selinho azul” similar ao do Instagram. Mas, ainda assim, não é o bastante.
Pensando nisso, está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2112/23, de autoria do deputado federal Jonas Donizette (PSB-SP). Ele torna obrigatório o uso do CPF no ato do cadastro dos apps de relacionamento.
Por que usar o CPF no cadastro dos apps de relacionamento?
Segundo Donizette, os aplicativos “abrigam também pessoas que pretendem enganar e cometer crimes, se aproveitando da facilidade de cadastro e da possibilidade de fazer se passar por outrem no campo virtual”.
Para ele, exigir o uso do CPF pode inibir a ação dos golpistas. E, caso aconteça algo com o usuário, seria mais fácil localizar e punir o autor do crime.
Entretanto, o PL esbarra no Marco Civil da Internet, que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o ambiente virtual no Brasil. Caso ele seja aprovado, a Câmara deverá alterar este texto regulatório.
Por hora, o Projeto de Lei ainda está tramitando em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados. Ele ainda deverá passar pelas comissões de Comunicação, de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fakes, sequestros e outros perigos das plataformas de namoro
Não é difícil encontrar histórias de pessoas que foram vítimas de um grande leque de crimes via aplicativo de namoro. O mais comum deles é conversar com um fake, ou seja, um perfil falso, cujo dono se passa por outra pessoa.
Acontece, ainda, de o usuário descobrir que fizeram um fake e se passam por ele em outros lugares do mundo.
Histórias de sequestros, roubos e agressões também são comuns quando se fala sobre apps de relacionamento. Geralmente, as vítimas marcam um encontro com quem está do outro lado da telinha e, quando chegam no local marcado, são vítimas destes crimes.
Além disso, há relatos de extorsão, quando os criminosos conseguem fotografias íntimas das vítimas e fazem a ameaça de espalhá-las a menos que recebam altas quantias.