Comprar com o cartão de crédito no exterior pode ficar mais barato para os brasileiros após uma mudança recente no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A taxa em operações de câmbio caiu de 5,38% para 4,38% no início deste ano e deve seguir em queda até 2028.
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A decisão segue um acordo firmado com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que tem como foco acabar com a cobrança do IOF. Para isso, o imposto terá corte de 1% ao ano até 2028, quando deixará de existir.
Em 2023, a alíquota recuou de 6,38% para 5,38%, seguindo o compromisso de redução de um ponto percentual por ano. Considerando o cronograma acordado pelo governo brasileiro para aderir à OCDE. Veja como fica o imposto nos próximos anos:
- 4,38% em 2024
- 3,38% em 2025
- 2,38% em 2026
- 1,38% em 2027
- 0% a partir de 2028
Em 2022, o governo assumiu uma série de compromissos para pleitear uma vaga na OCDE, organização que reúne as economias mais avançadas do mundo. Além de extinguir o IOF sobre compras internacionais e para a compra de moeda estrangeira, o país deve ampliar o acesso ao crédito e a captação de recursos para o agronegócio.
Na época do anúncio do plano, o então secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Alfredo Gomes, declarou que o sistema atual gera “câmbios múltiplos”, ou seja, favorece uma operação financeira em detrimento de outra.
Ficou mais barato usar o cartão de crédito no exterior?
Apesar da redução no IOF, grande parte dos bancos ainda cobra uma taxa de até 7% na cotação do dólar como tarifa adicional variável. Em outras palavras, o corte no imposto não significa necessariamente que as compras com o cartão de crédito feitas em outros países ficarão mais baratas para o consumidor.
Os especialistas recomendam o uso do meio de pagamento no exterior somente em casos de emergência, uma vez que a operação ainda pode incluir taxas expressivas.