Coceira, irritação e tosse: o PERIGO que os repelentes de tomada escondem

Saiba como os repelentes de tomada podem afetar a saúde, quais são as alternativas mais seguras e como se prevenir da dengue no Brasil. Leia mais.



Com a epidemia de dengue assolando o país e registrando até o momento 740.942 casos suspeitos, os repelentes de tomada se tornaram um item comum nas residências brasileiras. Entretanto, especialistas advertem para os possíveis riscos à saúde associados ao uso inadequado desses produtos.

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Isso porque os repelentes elétricos funcionam liberando constantemente substâncias repelentes de mosquitos, geralmente compostos de piretróides, um tipo de inseticida sintético.

Repelentes de tomada: eficácia e riscos

Embora sejam eficazes na repelência de mosquitos, esses compostos podem desencadear reações alérgicas e irritações em algumas pessoas, especialmente em crianças, idosos e indivíduos com sensibilidades pré-existentes.

Efeitos colaterais dos repelentes de tomada, segundo médicos

O médico toxicologista e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Alvaro Pulchinelli, destacou em entrevista ao site Metrópoles, que os efeitos colaterais podem incluir desde irritações na pele e na garganta até problemas respiratórios mais sérios, como tosse e espirros, especialmente em casos de superexposição.

Sensibilidade aos inseticidas e asma

Já o infectologista Marcelo Daher, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), enfatiza que embora as doses de inseticida liberadas pelos repelentes de tomada sejam geralmente baixas, elas podem causar efeitos adversos em pessoas com maior sensibilidade, como aquelas que sofrem de asma.

Como usar os repelentes de tomada de forma segura

Diante desses riscos, os especialistas recomendam algumas medidas para minimizar a exposição e os possíveis efeitos nocivos à saúde. É aconselhável manter os ambientes ventilados, posicionando os repelentes próximos a portas e janelas. Além disso, seguir as instruções do fabricante quanto ao tempo de uso, geralmente entre 8 a 12 horas.

Orientações da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza o uso desses produtos em qualquer ambiente doméstico, desde que mantidos a uma distância mínima de dois metros das pessoas. Para quem é mais sensível aos compostos, recomenda-se moderar o uso ou desligar o repelente durante o sono.

Alternativas aos repelentes de tomada

Outras estratégias para repelir mosquitos, como o uso de ventiladores e ar-condicionado, também são recomendadas, ajudando a reduzir a dependência dos repelentes de tomada e minimizando os riscos à saúde associados ao seu uso excessivo.

Dengue no Brasil: números e prevenção

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 1,6 milhão de casos de dengue em 2023, um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período de 2022. O número de mortes também subiu: de 999 para 1.053 óbitos. Os estados com maior incidência de dengue foram Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás.

Segundo especialistas, o aumento de casos de dengue pode ser influenciado por fatores como a variação climática, o aumento das chuvas, o número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus da dengue.

Portanto, em 2024, o Ministério da Saúde aponta um cenário de risco da dengue principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e no Sul. O órgão também anunciou a incorporação de uma vacina contra a dengue no Sistema Público de Saúde (SUS), a ‘Qdenga’, que já começou a ser aplicada neste mês de fevereiro. A vacina foi produzida pelo laboratório japonês Takeda.

*Com informações de Metrópoles




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