Descarte de roupas íntimas: como fazer isso de forma consciente

Descarte de roupas íntimas no Brasil é um desafio ambiental, agravado pela pandemia; questão demanda soluções criativas e sustentáveis.



O descarte de roupas íntimas no Brasil representa um desafio crescente. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), anualmente, cerca de 170 toneladas de lixo são geradas por esse setor, mas a reciclagem ainda é insuficiente.

A pandemia de covid-19 intensificou o problema. Com muitos trabalhadores afastados, a reciclagem sofreu uma redução significativa.

Além disso, o consumo dessas peças aumentou, refletindo-se em um crescimento de 300% nas vendas, conforme observado por empresários do setor.

Alternativas para o descarte de roupas íntimas

Descarte inadequado de roupas íntimas é uma preocupação ambiental, mas existem alternativas viáveis para minimizar seu impacto. A seguir, sugerimos algumas estratégias caseiras para reaproveitar essas peças.

Reutilização criativa

A reutilização é uma solução possível. É possível utilizar tecidos para enchimento de almofadas ou brinquedos, ou ainda transformar esses itens do vestuário em lenços para limpeza ou sachês aromáticos.

Reciclagem e compostagem

Para lingerie feita 100% de algodão ou linho, a compostagem é uma opção eficiente. Tecidos naturais, sem elásticos ou adornos, se decompõem mais rapidamente, porém é essencial que o tingimento também seja natural.

Doação

A doação de lingerie em bom estado é uma solução prática e solidária para o descarte. Diversas campanhas pelo Brasil incentivam essa prática, oferecendo peças para mulheres em situação de vulnerabilidade.

As organizações responsáveis pelas ações realizam limpezas profundas antes da distribuição, eliminando os riscos de contaminação.

Descarte sustentável no setor têxtil

Não apenas roupas íntimas, mas o setor têxtil como um todo enfrenta desafios de descarte sustentável. Estudos indicam que apenas 1% das roupas são recicladas globalmente, e no Brasil, iniciativas de empresas como Ecoestilo e Reserva Circular buscam mitigar esse problema.

Para incentivar a economia circular, essas empresas realizam trabalhos como:

  • Ecoestilo: coleta roupas e direciona para parceiros que identificam o destino adequado.
  • Movimento ReCiclo: disponível em lojas da C&A, aceita uma variedade de peças para reciclagem.
  • Reserva Circular: foca em transformar roupas descartadas em cobertores para pessoas em situação de rua.

A reciclagem têxtil no Brasil tem espaço para crescer, e o desenvolvimento de práticas sustentáveis e modelos de negócios inovadores é essencial para enfrentar o desafio do descarte de roupas, especialmente íntimas.

A colaboração entre consumidores, empresas e políticas públicas pode impulsionar a mudança.




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