É melhor pagar o valor mínimo do cartão de crédito ou parcelar?

É importante manter o pagamento da fatura sempre em dia, em seu valor total, uma vez que os juros são elevados e podem acabar causando endividamento. Confira qual é a melhor opção.



O cartão de crédito é uma forma de pagamento muito fácil de usar, além de proporcionar mais comodidade e segurança ao usuário. São muitas as vantagens de possuir um cartão, entre elas maior prazo para pagar, com parcelamento de compras sem juros, organização financeira e acesso a programas de pontos que podem ser trocados por benefícios ou cashback, por exemplo.

Se utilizado de forma saudável, o cartão de crédito pode ser um importante aliado do seu orçamento, já que atualmente é possível controlar sua movimentação direto na tela do celular, por meio do aplicativo. Além disso, o cliente poderá adquirir produtos e serviços de valores mais altos, que não teria condições de pagar à vista, sem que isso pese no seu bolso.

No entanto, quando os gastos saem de controle, e o titular acaba comprometendo um valor superior ao que ele consegue pagar por mês, existe o risco de inadimplência. Isso porque, além dos valores relativos à fatura atual e aos lançamentos futuros, as taxas de juros cobradas no cartão de crédito estão entre as mais altas do mercado, e a dívida vai se tornando cada vez mais alta.

Consequentemente, também fica mais difícil quitar os débitos. Desta forma, é importante manter o pagamento da fatura do cartão sempre em dia. Mas e se, por algum imprevisto, não for possível pagar o valor total, qual é a melhor alternativa: efetuar o pagamento mínimo ou parcelar a fatura? Confira a seguir como funciona cada uma dessas modalidades e saiba qual é a melhor opção.

Parcelamento da fatura

Caso o titular do cartão não possua dinheiro suficiente para pagar o valor total da fatura, ele pode fazer o seu parcelamento. É possível parcelar todo o valor da fatura, ou fazer um pagamento parcial, à vista, e parcelar somente o valor restante. O cartão não será bloqueado, e à medida que as parcelas são pagas, o limite de crédito é liberado.

Ao contratar esta modalidade, o cliente já saberá exatamente quanto irá pagar por mês até quitar a dívida, o que permite um melhor planejamento financeiro. Em geral, a taxa de juros média pela operação é de 7,2% ao mês.

No entanto, quem pretende optar pelo parcelamento deve ficar atento, uma vez que, além das parcelas, também são cobradas na fatura as compras e demais parcelamentos do mês e, em determinados casos, anuidade.

Lembrando que o parcelamento da fatura é uma operação que está sujeita a disponibilidade. Sendo assim, é necessário verificar se esta opção é oferecida pelo banco ou fintech e consultar as condições do parcelamento antes de confirmar a operação.

Pagamento mínimo

O pagamento mínimo corresponde a uma porcentagem do valor total, que pode variar de acordo com a operadora. Esse valor é informado na própria fatura do cartão de crédito e obrigatoriamente deve ser pago para evitar o cancelamento do cartão. Caso o titular opte por pagar apenas o valor mínimo, será utilizado o crédito rotativo.

Isso significa que o valor que não for pago no mês será cobrado no próximo com incidência de juros e cobrança de IOF mensal e diário, além das compras realizadas no período, o que pode acabar se tornando uma verdadeira bola de neve.

Dentre as opções de crédito disponíveis, o rotativo é um dos que possui as maiores taxas de juros, perdendo somente para o cheque especial. Em média, os juros do rotativo do cartão de crédito passam de 11% ao mês.

Vale destacar que esta modalidade é recomendada apenas caso o cliente consiga quitar a dívida do cartão em seu valor integral, incluindo os juros cobrados pela operação, até o mês seguinte. Isso porque como as taxas de juros são muito elevadas, o consumidor pode acabar se endividando rapidamente. Outra desvantagem é que, ao efetuar somente o pagamento mínimo, parte do limite do cartão continuará comprometida.

Qual opção é mais vantajosa?

Caso o valor da fatura do cartão seja muito alto, e você não consiga pagar a quantia total em determinado mês, é preciso avaliar as condições do parcelamento e do pagamento mínimo com atenção para evitar dívidas cada vez maiores.

Assim, se você irá receber algum dinheiro extra no mês seguinte e puder pagar os débitos pendentes com ele, o pagamento mínimo é a melhor opção. No entanto, se precisa de um prazo maior para efetuar os pagamentos, o parcelamento da fatura é o ideal.

Uma alternativa para fugir dos juros altos do cartão é recorrer a opções de crédito com taxas de juros mais acessíveis. O empréstimo pessoal e o crédito consignado, por exemplo, apresentam juros menores do que o parcelamento da fatura ou rotativo. Desta forma, as parcelas também terão valores mais baixos, para que você consiga quitar a dívida do cartão sem comprometer seu orçamento ou acabar com o nome sujo.

Como evitar dívidas no cartão?

A melhor forma de evitar dívidas no cartão de crédito é possuir um bom planejamento financeiro. Por isso, é importante definir metas e controlar os gastos mensais para pagar a fatura em dia, no valor total, e consequentemente evitar o endividamento.

Lembre-se sempre de que não é necessário cancelar o cartão, mas sim saber usá-lo com sabedoria. Muitos cartões de crédito possuem vantagens como cashback e programa de pontos garantindo recompensas para o usuário, como passagens aéreas, além de descontos em produtos e na fatura, o que ajuda bastante a economizar seu dinheiro.

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