Beneficiários do Auxílio Brasil tiveram uma má surpresa ao abrir o extrato do benefício de novembro. Parte dos atendidos pelo programa percebeu que a Caixa Econômica Federal fará um desconto de até R$ 160 no valor da próxima parcela, que ainda não começou a ser paga.
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Apesar do início do calendário estar marcado para o dia 17, já é possível consultar as informações sobre o pagamento no aplicativo Caixa Tem. E foi justamente nessa verificação que alguns cidadãos perceberam os abatimentos.
Queixas de beneficiários
As diversas reclamações nas redes sociais são de pessoas que pegaram o empréstimo consignado liberado em outubro pelo governo federal, mas que acreditavam que a primeira cota só seria descontada em dezembro. Também há aqueles que nem mesmo contrataram o crédito, mas verificaram descontos.
Há também o relato de uma beneficiária que chegou a solicitar o empréstimo e teve o pedido negado, mas mesmo assim a dívida consta no seu extrato do Auxílio Brasil. Segundo Paola de Carvalho, diretora da Rede Brasileira de Renda Básica, novas queixas chegam todos os dias.
Vale lembrar que na modalidade consignado o desconto da dívida é feito direto na folha de pagamento, ou seja, antes mesmo do depósito do dinheiro para o beneficiário.
Sem carência
Questionado sobre os casos, o Ministério da Cidadania informou que os empréstimos contratados entre 10 de outubro e 1º de novembro serão descontados na parcela deste mês. Segundo a pasta, o desconto da primeira cota da dívida ocorre no primeiro mês após o envio das informações pelos bancos, regra que está prevista na regulamentação do consignado.
Já a Caixa afirmou que caso o beneficiário não reconheça o crédito solicitado em seu nome, deve buscar informações nas agências físicas do banco. A Cidadania também informou que o cliente que desejar pode registrar uma reclamação no site consumidor.gov.br.
Desde o início de sua operação, o consignado do Auxílio Brasil é marcado por polêmicas e oposição de especialistas, que acreditam que o endividamento entre os mais pobres deve aumentar. Apesar dos indícios nesse sentido, o Tribunal de Contas da União (TCU) negou o pedido do Ministério Público para suspensão da oferta.