‘Desenrola’: consumidor pode renegociar dívidas no BB, Itaú, Santander e outros

Programa do governo federal possibilita a renegociação de dívidas em instituições financeiras com condições especiais.



Os brasileiros endividados ganharam uma ótima chance de sair do vermelho. O governo federal lançou na última semana o programa “Desenrola Brasil”, que vai permitir a negociação de dívidas com foco em reduzir a inadimplência no Brasil.

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A boa notícia é que grandes bancos do país já aderiram ao projeto, como Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e PagBank. As instituições financeiras confirmaram sua participação ao portal iG.

Segundo o governo, a campanha deve beneficiar até 70 milhões de pessoas, sendo cerca de 40 milhões na faixa I e 30 milhões na faixa II. “Queremos melhorar as condições de descontos dos credores e facilitar a vida dos devedores”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Os bancos, porém, ainda aguardam a regulamentação do programa para iniciar as negociações de dívidas, o que deve acontecer em julho.

Próximas etapas

O Desenrola será realizado em três etapas: publicação da Medida Provisória (MP) autorizando o programa, realização do leilão para adesão dos credores e adesão dos devedores interessados. Logo de partida, neste primeiro momento, cidadãos com dívidas de até R$ 100 poderão ser “perdoados”.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos citados aguardam apenas a regulamentação do programa. Outras instituições ainda avaliam sua participação e aguardam a publicação de todas as informações pelo governo, como Banrisul, Mercantil e Inter.

Ainda não há confirmação sobre a participação de Caixa Econômica Federal, Nubank, Neon e Daycoval, BMG e C6, mas instituições devem se manifestar após a publicação das regras.

Adesão dos credores

Embora seja uma iniciativa do Planalto, o Desenrola funcionará somente com a adesão dos credores, especialmente dos bancos. Isso porque só será possível renegociar dívidas com as companhias que aceitaram participar do programa.

Durante a cerimônia de lançamento do projeto, Haddad lembrou que os recursos têm garantia do Tesouro Nacional e se disse confiante sobre a participação das empresas credoras. “O programa depende da adesão dos credores, uma vez que a dívida é privada. Mas nós entendemos que muitos credores quererão participar do programa, dando bons descontos”, afirmou o ministro.

Renegociação

Segundo as informações iniciais divulgadas pelo governo, as negociações de dívidas serão realizadas por meio de uma plataforma desenvolvida pela B3, a bolsa de valores brasileira. O valor poderá ser pago à vista ou parcelado em até 60 vezes, com desconto e juros reduzidos.




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