O número de pessoas que sofrem com crises de ansiedade tem aumentado nos últimos anos. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 10% do mundo vive com algum tipo de transtorno mental. No ranking dos ansiosos, o Brasil é o líder, com 19 milhões de pessoas nessa condição.
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Uma nova pesquisa realizada na Organização Australiana de Ciência e Tecnologia Nuclear (ANTSO) mostra que remédios para ansiedade podem ter sérios efeitos colaterais. De acordo com os pesquisadores, as drogas podem interferir nas espinhas dendríticas. Essas estruturas são fundamentais para os neurônios de ativação das células cerebrais.
Medicamentos para ansiedade podem afetar células do cérebro
Na prática, segundo um dos autores da publicação, Richard Banati, o uso prolongado desses medicamentos pode acelerar processos de demência. Ou seja, pessoas que utilizam as drogas correm risco de desenvolver quadros de degeneração nervosa mais rapidamente.
O estudo analisou células microgliais do cérebro, elas fazem o papel de reguladoras da rede de neurônios. Nas análises, os pesquisadores submeteram as células aos efeitos de remédios comuns para a ansiedade, como o Diazepam, por exemplo.
Remédio atinge a célula em cheio
Conforme demonstra o artigo científica, o medicamento não afetava apenas a ligação das células cerebrais, mas também as atingi diretamente. Isso faz com que a atividade delas ficasse seriamente comprometida.
O problema é que, segundo o autor citado acima, atingir as células diretamente pode levar a uma desconexão da rede neural. Este pode ser um dos motivos que eleva as chances de um paciente com ansiedade em tratamento apresentar demência ou fadiga severa.
Por enquanto, o estudo ainda se apresenta e fase laboratorial e deve servir como início para novas pesquisas no assunto. Existem vários outros fatores que podem influenciar as questões abordadas aqui.
No entanto, entender as consequências de remédios para ansiedade pode estimular a indústria a buscar por outras alternativas, por exemplo. No caso, alternativas menos agressivas à saúde mental.