Energético faz mal? Estudo aponta depressão, ansiedade e doenças cardíacas

Um estudo comprou a ligação do consumo de energético com diversos problemas de saúde, tanto cardiovasculares quanto psicológicos.



Uma nova pesquisa publicada na revista científica Public Health Journal, apontou a ligação entre o consumo de bebidas energéticas e o aumento no risco de problemas de saúde entre os jovens, incluindo doenças cardíacas e psicológicas. Com isso, os pesquisadores responsáveis pela pesquisa pediram ao Governo britânico a proibição da venda dos produtos para menores de 16 anos.

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“As bebidas energéticas são comercializadas para crianças e jovens como uma forma de melhorar a energia e o desempenho, mas nossas descobertas sugerem que eles estão realmente fazendo mais mal do que bem” afirmou a professora de Nutrição e pesquisadora Amelia Lake em um comunicado emitido pelos pesquisadores.

Quais problemas o energético pode causar?

O estudo encontrou ligações entre o consumo de bebidas e o aumento dos riscos para a saúde mental dos jovens. Dentre as questões analisadas, foi constatado o aumento de sintomas de ansiedade, depressão, pânico, estresse e pensamentos suicidas. Além disso, os pesquisadores confirmaram os demais malefícios apontados por uma pesquisa feita em 2016, como o risco de desenvolver problemas cardíacos.

“A ingestão aguda foi associada a um número significativamente aumentado de extrassístoles supraventriculares (uma forma de arritmia cardíaca) e a uma diminuição na frequência cardíaca, destacando o efeito negativo do consumo de energéticos no ritmo cardíaco. O consumo também foi associado ao aumento da rigidez arterial e ao aumento significativo da pressão arterial sistólica (PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD)”, informaram os pesquisadores.

Energético piora o desempenho

Ao contrário do que muitos acreditam, o estudo mostrou uma ligação entre a ingestão da bebida e um pior desempenho acadêmico. Ademais, o energético pode prejudicar a qualidade do sono e os hábitos alimentares. Assim, ele torna mais propício o consumo excessivo de fast food e a falta do café da manhã.

Segundo os pesquisadores, o principal motivador pode ser o excesso de cafeína das bebidas. “A cafeína, em combinação com açúcar e outros ingredientes com propriedades estimulantes, pode ter um impacto significativo na saúde geral de crianças e jovens. As associações podem ser mediadas por maus padrões de sono e hábitos alimentares pouco saudáveis”, concluíram.




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