O parcelamento de fatura é uma prática muito comum por usuários de cartão de crédito. Ela é oferecida como uma facilidade para quem não consegue arcar com o valor do cartão em certo mês.
No entanto, essa praticidade pode tornar-se uma grande vilã, quando mal gerida.
Basicamente, parcelar a fatura significa pagar uma quantia entre o valor mínimo e total da fatura. Essa operação funciona como um acordo entre a operadora do cartão e o cliente.
Ao aderir a essa opção, o valor que fica em aberto é adicionado à fatura do próximo mês. Assim, muita gente, ao utilizar mal essa função de parcelamento, acaba gerando uma “bola de neve”.
A fim de garantir proteção ao consumidor, o Banco Central (BC) possui regras claras sobre o parcelamento de fatura. Confira!
Parcelamento de fatura do cartão de crédito: regras do Banco Central
Cada instituição financeira estabelece um mínimo sobre o valor da fatura que deve ser paga. A definição dessa quantia é necessária para que o cliente não fique inadimplente.
De acordo com as regras do BC, quando o cliente paga um valor mínimo ou distinto do total, há duas opções:
- Entrar no crédito rotativo;
- Parcelar o restante da fatura.
Crédito rotativo
O crédito rotativo funciona como um financiamento da fatura do cartão de crédito. Apesar de não ter datas ou parcelas definidas, ele é utilizado nos casos em que o pagamento da fatura foi inferior ao total, no entanto, maior que o mínimo estabelecido.
Com essa opção, o saldo em aberto da fatura ficará em aberto à próxima fatura, e acrescido de juros do crédito rotativo.
Na fatura seguinte, portanto, o cliente irá pagar o saldo devedor da anterior, o valor da fatura atual, os juros do crédito rotativo e Imposto sobre Operações de Crédito (IOF).
Parcelamento de fatura
Por outro lado, ao invés de entrar de entrar no rotativo, o cliente pode parcelar o saldo da fatura em aberto. Nessa opção, o parcelamento possui quantidade de parcelas e as datas de vencimento definidas.
O valor de cada parcela é acrescido às faturas subsequentes. Também são cobrados juros e IOF sobre o parcelamento de fatura. Normalmente esse valores variam de acordo com a quantidade de parcelas escolhidas.
As normas do Banco Central para o parcelamento automático são as seguintes:
- Condições do parcelamento devem ser melhores que crédito rotativo;
- Informações prestadas ao cliente devem ser claras e precisas sobre o parcelamento na fatura.
Vale mais a pena pagar o mínimo ou parcelar a fatura?
A resposta para essa pergunta é depende! Parcelar o valor da fatura pode ajudar a evitar juros do rotativo ou gastos inesperados.
No entanto, mesmo que seja aparentemente mais vantajoso, pagar o mínimo e financiar o restante do valor exige muita organização do cliente. Afinal, ele estará pagamento não só o valor da parcelamento, mas haverá outras cobranças.
Independente da regra, o melhor é sempre se organizar para pagar o valor total da fatura até a data de vencimento. Assim, haverá a liberdade de taxas, multas e parcelamentos excessivos.
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