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Bolsonaro dá sinal verde para privatização dos Correios

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista que deu sinal verde para a privatização do Correios. Para ele, essa é a única solução para os problemas da estatal.



Em uma entrevista fornecida essa semana, o atual presidente, Jair Bolsonaro, afirmou que autorizou a privatização dos Correios. Para ele, os governos do PT destruíram a empresa e essa seria a única saída para conseguir salvar o Correios. O presidente ainda afirma que outras estatais também seguirão o caminho da privatização.

Além disso, Bolsonaro explicou que, devido a corrupção anterior presente nos Correios e no governo, o fundo de pensão dos funcionários fez investimentos em papéis da Venezuela. Devido a esses fatores, o fundo de pensão hoje se encontra quebrado. Por isso, o presidente não encontra outra saída para a estatal.

Promessa de Campanha

A privatização dos Correios foi uma das promessas feitas pelo presidente durante sua campanha eleitoral. Segundo ele, a privatização se justifica devido aos prejuízos que a estatal possui. Após eleito, Bolsonaro deu sua primeira declaração acerca do tema em abril desse ano, por meio de um tweet no qual dizia:

“Demos OK para estudo da privatização dos Correios. Temos que rememorar para a população o seu fundo de pensão. A empresa foi o início do foco de corrupção com o mensalão, deflagrando o governo mais corrupto da história. Com o Foro de SP destruíram tudo nome da Pátria Bolivariana.”

Os Correios, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, é atualmente subordinada ao Ministério das Comunicações, Ciência, Tecnologia e Inovação. Mesmo registrando prejuízos entre os anos de 2013 e 2016, a empresa registrou um lucro no valor de R$ 161 milhões em 2018 e R$ 667,3 milhões em 2019.

Dessa forma, o lucro ocorreu devido a recuperação financeira graças ao lançamento de ações da empresa. Algumas dessas medidas foram:

  • Renegociação de Dívidas;
  • Redução de Custos com Pessoal;
  • Cobrança de Novas Taxas;
  • Revisão de Contrato;
  • Mudanças nas Redes de Atendimento.

Veja também: Bolsonaro confirma mudanças na pontuação e validade da CNH.

Medidas Tomadas

Diversas medidas foram tomadas no governo passado para buscar aumentar o lucro dos Correios. Entre essas medidas, estão:

Renegociação para Devedores

O programa de renegociação de dívidas de pessoas físicas ou jurídicas teve início no dia 4 de dezembro, com o prazo estendido por 90 dias após a data de início. A primeira etapa recuperou cerca de 1,15% do total das dívidas que somadas chegam ao valor total de R$ 1,2 bilhão.

Além disso, os devedores conseguiram descontos de até 90% dos juros de mora em pagamentos de dívidas realizados à vista. Houve também a possibilidade de parcelar a quantia em aberto em até 60 vezes, com desconto de 50% em cima dos juros, ou até 120 vezes, com redução de 25%.

Taxas Extras

O Correios passou a cobrar uma taxa de R$ 15 por encomenda importada. Esse fato geraria a estatal um valor entre R$ 1,5 milhão e R$ 4,5 milhão por dia. Antes da medida, o valor era cobrado apenas por objetos tribulados pela Receita Federal, quantidade referente a apenas 3% do volume de carga total.

Além disso, o governo também começou a cobrar o trâmite para liberação de encomendas importadas em alguns casos. Assim, o consumidor deve acessar o sistema de rastreamento da encomenda e, caso necessário, realizar o pagamento do despacho postal via boleto ou cartão de crédito.




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