Com a crescente utilização de aplicativos de bancos em smartphones, cresceu o número de criminosos que roubam celulares para esvaziar as contas bancárias das vítimas. O novo golpe tem chamado a atenção de entidades como Procon-SP e Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que dão dicas sobre o que fazer nesse caso.
Para ter acesso aos aplicativos, os criminosos geralmente roubam os aparelhos durante o uso, o que faz com que ele já esteja desbloqueado e facilita o golpe. Depois disso, eles utilizam as senhas e dados pessoais já armazenados nos aparelhos para retirar o dinheiro das contas e até contratar empréstimos.
Dicas para evitar o golpe
Para evitar que criminosos “limpem” sua conta bancária, o usuário pode modificar algumas configurações do aparelho. Veja alguns exemplos:
- Sempre utilize uma configuração de bloqueio da tela de início do celular, de preferência com bloqueio automático rápido (30 segundos, por exemplo);
- Mantenha o sistema operacional atualizado e fique atento para novas atualizações de aplicativos;
- Não utilize a função de “lembrar/salvar senha” em navegadores e sites;
- Nunca anote senhas no bloco de nota, e-mail, mensagem de WhatsApp ou outros aplicativos;
Escolha senhas fortes e não repita o código de acesso do banco em outras contas ou sites; - Utilize biometria, reconhecimento facial, dupla autenticação e outras ferramentas adicionais sempre que puder;
- Desative a exibição de notificações enquanto a tela inicial estiver bloqueada;
- Insira um PIN também no chip do celular.
O que fazer após o roubo?
Antes de mais nada, o usuário deve apagar remotamente os dados do aparelho. Basta acessar as páginas da Apple ou Google feitas para localizar celulares perdidos. Depois de apagar as informações, informe a operadora do roubo ou perda para que a linha seja bloqueada. Não inverta a ordem, pois se os dados da linha forem excluídos antes o usuário pode perder o acesso ao dispositivo.
A recomendação dos órgãos de defesa do consumidor é também registrar um boletim de ocorrência e entrar em contato com o banco para solicitar o bloqueio da conta. Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), as instituições bancárias são responsáveis por garantir a segurança dos aplicativos.
“O consumidor pode e deve entrar e contato com o banco para ser ressarcido, inclusive porque o banco tem todo o aparato tecnológico para identificar movimentações sucessivas ou em valor considerável que fogem do padrão da pessoa, e tem condições de bloquear esse tipo de transação”, disse o advogado Michel Roberto de Souza, do Idec.
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