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Dinheiro na mão: Bancos oferecem empréstimos com garantia do FGTS

Linhas de crédito têm taxas de juros reduzidas em relação a outras modalidades de empréstimo. Saiba onde vale a pena contratar.



O trabalhador brasileiro dispõe de uma forma simples de conseguir um dinheiro extra quando precisa: a antecipação do saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Esse tipo de crédito já está disponível em pelo menos sete bancos do país, que adotam regras e prazos diferentes.

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O saque-aniversário é uma modalidade alternativa ao saque-rescisão, que permite ao trabalhador retirar parte do seu saldo do FGTS todos os anos, no mês de seu aniversário. Ao optar por ele, o cidadão perde o direito a sacar todo o valor no caso de demissão sem justa causa, mas mantém a multa de 40%.

A antecipação do FGTS funciona assim: a instituição libera o dinheiro de uma só vez para contratante. Quando chega o momento do saque-aniversário, o banco debita o valor contratado direto de sua conta. Ou seja, o pagamento é garantido pelo próprio FGTS, eliminando o risco de inadimplência.

Bancos que antecipam o saque-aniversário do FGTS

Desde o primeiro semestre do ano passado, todos os bancos foram autorizados a oferecer linhas de crédito para antecipar o benefício. Conheça as condições oferecidas em alguns deles:

Banco Taxa de juros mensal Limite de antecipação Valor mínimo de saque
Banco do Brasil 0,99% 3 parcelas R$ 1.000
Caixa 1,49% 3 parcelas R$ 500
Santander 1,69% 1 parcela R$ 500
Mercantil 1,89% Não informa Não informa
BMG 1,99% 5 parcelas Não informa
Pan 1,99% 5 parcelas R$ 300
Safra 1,99% Não informa Não informa

As taxas de juros são próximas às cobradas no crédito consignado para trabalhadores privados, segundo dados do Banco Central. De forma geral, elas também estão abaixo das do crédito pessoal, que nos bancos citados giram em torno de 1,79% a 8,88% ao mês.

Vale a pena?

Mesmo ficando abaixo de outras modalidades de crédito, as taxas de juros para antecipação do FGTS chegam a 12,7% ao ano, o que ainda é um pouco salgado, segundo Fábio Gallo, professor de finanças da PUC-SP.

“Portanto, o interessado deve só tomar esse empréstimo em último caso. O trabalhador nunca deve optar pela linha para consumo: ela só vale a pena se a pessoa estiver endividada e as alternativas de crédito que tem disponível sejam mais caras”.

“Caso o poupador retire os recursos para tomar crédito, deixa de ganhar uma baixa rentabilidade do ano para pagar de 10% a 20% por ano em juros. Portanto, só deve tomar o crédito para pagar dívidas mais caras”, completa Ione Amorim, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).




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