Guedes estuda privatizar Caixa Tem e usar dinheiro em programas sociais

Segundo ministro, transformar recursos públicos em transferência de renda para os mais vulneráveis contribui para a redução da desigualdade no país.



Durante um evento do Tribunal Superior Eleitoral, realizado na terça-feira, 8, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o banco digital Caixa Tem poderia ser privatizado e os recursos obtidos com a desestatização poderiam ser repassados aos cidadãos mais vulneráveis por meio de um programa de transferência de renda.

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Guedes explicou que o Caixa Tem, sob comando da Caixa Econômica Federal, está avalizado em R$ 100 bilhões no mercado. A plataforma foi desenvolvida pela estatal em meio pandemia da Covid-19 e serviu de ferramenta para os pagamentos de programas sociais como, a exemplo, o auxílio emergencial.

“[O Caixa Tem] é um banco valiosíssimo, por isso, vale em torno de R$ 100 bilhões por estimativa de mercado. Amanhã, em um grande programa de transferência de renda e riqueza para os brasileiros mais frágeis, nós podemos privatizar e distribuir esses recursos”, declarou o ministro durante o evento.

Recursos do Caixa Tem

Para Guedes, a ideia de transformar recursos públicos em transferência de renda para os mais vulneráveis contribui para a redução da desigualdade social no país.

“O Brasil tem muitos recursos que, com essa dimensão digital, nós vamos começar a administrar muito melhor e realmente transformar esses recursos públicos em transferência de renda, oportunidade de redução de desigualdade social. Temos uma visão de futuro bastante otimista a respeito do país. Não nos abatemos. Nós surpreendemos o mundo com a resiliência e o vigor da nossa democracia. Os diversos poderes colaborando entre si e dando uma resposta surpreendente para o mundo”, disse o ministro.

Ainda segundo o ministro, até o momento, o governo obteve sucesso em digitalizar cerca de 100 milhões de brasileiros, dos quais 68 milhões foram por meio de benefícios sociais disponíveis no banco. E a ideia é aumentar cada vez mais o público de cidadãos beneficiados. Mais detalhes sobre uma possível privatização não foram divulgados.




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