Uma nova greve dos caminhoneiros começou no Espírito Santo na última quarta-feira, 11, mas profissionais de outros estados também podem aderir à paralisação. O movimento é uma resposta ao novo aumento nos preços do diesel anunciado Petrobras no início desta semana.
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“O Sindicam/ES, a ACA e a Coopercolog, juntamente com os representantes dos caçambeiros, apoiam esse movimento. Entendemos que a situação dos autônomos ficou insustentável depois de tantos reajustes, seja no preço do diesel ou dos insumos que compõem o dia a dia do caminhoneiro”, afirmou em nota o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Espírito Santo (Sindicam/ES).
Mais cedo nesta semana, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o “Chorão”, disse que o reajuste também será sentido no bolso dos brasileiros. “Gente, não podemos ficar quietos. Eu conheço e sei o quanto vai impactar na mesa do trabalhador.”
Em carta, Chorão sinalizou que deve se reunir representantes da categoria no próximo domingo para discutir a ampliação da greve para o âmbito nacional.
Efeitos da greve dos caminhoneiros
Os prejuízos de uma nova paralisação na economia podem ser críticos neste pós-pandemia. A inflação disparada tornou a ida ao supermercado um pesadelo para o consumidor: todos os dias os preços estão mais altos e, em muitos casos, muitos produtos básicos já não cabem no orçamento.
Um dos problemas é que os caminhoneiros são responsáveis pelos transporte alimentos, insumos e combustíveis, por exemplo. Durante a última greve da categoria, houve falta de produtos em várias regiões, o que elevou ainda mais os preços.
Para o presidente Jair Bolsonaro, uma greve geral em ano eleitoral ameaça suas chances de reeleição. Por isso, o atual chefe do Executivo vem adotando medidas, como a substituição do ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, por Adolfo Sachsida.
Aumento no diesel
Na última segunda-feira, 9, a Petrobras anunciou um aumento de 8,8% no diesel vendido em suas refinarias. Com o novo reajuste, o preço do litro passou de R$ 4,51 para R$ 4,91.
Em nota, a estatal afirmou que a alta “segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado”.