Se você costuma tirar um cochilo durante o dia, saiba que esse hábito pode estar relacionado a riscos de derrame e a pressão alta. Pelo menos foi essa a conclusão de um estudo publicado na revista científica Hypertension, da Associação Americana do Coração.
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A então pesquisa destacou que pessoas que possuem o hábito de tirar pequenas sonecas regulares têm maior chance de ter problemas de pressão alta e sofrer de Acidente Vascular Cerebral.
Como a pesquisa foi desenvolvida
Foram analisadas mais de 360 mil pessoas, com idade entre 40 e 69 anos, todas residentes no Reino Unido e sem histórico de pressão alta e derrame.
A pesquisa durou 11 anos. Para o levantamento de dados, foram coletadas amostras de sangue, urina e saliva, além de informações sobre o estilo de vida de cada indivíduo. E para complementar as informações necessárias, os pesquisadores em quatro ocasiões, entre os anos de 2006 e 2009, perguntaram sobre o hábito de cochilar durante o dia.
Além disso, os pesquisadores fizeram uma validação de risco genético, com objetivo de encontrar relação entre as sonecas aos problemas de saúde em questão.
Os resultados da pesquisa
A conclusão diante dos dados levantados, foi que os riscos de desenvolver problemas de pressão alta são de 12% e de ter um derrame, 24 % maiores em pessoas que costumavam tirar soneca em comparação a pessoas que não possuíam o hábito.
Ademais, os riscos de desenvolver hipertensão eram 20% maiores em pessoas com menos de 60 anos e que cochilavam, em comparação a pessoas que não praticavam. Após os 60 anos, os riscos eram 10% maiores.
Entretanto, os pesquisadores detectaram que as pessoas que costumavam cochilar, tinham um estilo de vida desregrado. Muitas eram adeptas ao consumo de álcool e tabaco, além de dormirem mal e roncarem durante a noite.
O fato de dormir mal à noite está associado a diversos problemas de saúde e breves cochilos não são o suficiente para resolver o problema, explica Michael A. Grandner, diretor do Programa de Pesquisa em Saúde do Sono e da Clínica de Medicina do Sono Comportamental e professor de psiquiatria da Universidade do Arizona em Tucson (EUA).