A economia brasileira vem se deteriorando nos últimos anos, o que fez com que muitos trabalhadores precisassem apelar para o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Anteriormente utilizado para compra da casa própria e outras conquistas, ele hoje serve até mesmo para o pagamento de compras.
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De olho no aumento da inadimplência, estabelecimentos do setor varejista estão trabalhando com a antecipação do saque-aniversário do FGTS. O cliente adianta seu benefício para pagar compras do dia a dia.
Outras estratégias usadas pelas empresas são a inclusão das parcelas na conta de energia, cartão próprio e outras facilidades.
“Entre as condições de pagamento, estão o cartão próprio do grupo. Além disso, cliente da Enel pode usar a conta de luz para comprar em 24 vezes, como se fosse um carnê para o pagamento. O consumidor também pode verificar o saldo e usar o FGTS para antecipar o saque-aniversário e fazer compras na loja”, explica Eduardo Rocha, diretor Comercial e de Marketing das lojas Tubarão.
Na Via, dona das marcas Casas Bahia e Ponto, o usuário pode comprar a prazo pelo site ou aplicativo, inclusive com parcelamento em até 24 vezes. A companhia anuncia que tem taxas de juros competitivas.
Sem intermediação
A Caixa Econômica Federal autoriza a antecipação do saque-aniversário do FGTS sem intermediação de outras empresas. O recurso cai direto na conta do cliente, com desconto apenas dos juros da operação.
O banco explica que a opção existe para quem não quer esperar até o mês de nascimento para resgatara grana, ou pretende utilizar valores dos próximos anos. A linha de crédito está disponível mesmo para quem está negativado, e o valor do saque varia de acordo com a quantia acumulada nas contas vinculadas.
O cliente pode antecipar até cinco parcelas (cinco anos) com taxa de juros de 1,69% ao mês, desde que o mínimo da contratação de R$ 500. A solicitação também pode ser realizada no aplicativo Caixa Tem, mas por lá só é possível antecipar até três anos.
Cuidados
Especialistas alertam para o rico que a antecipação pode trazer, especialmente quando feita em varejistas. “Para quem está concedendo o crédito, o pagamento já está garantido, baseado no saldo que o trabalhador tem. Mas ele perde sua poupança numa situação de desemprego”, avalia Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Se a contratação for realmente urgente, a dica é avaliar outras opções de crédito existentes no mercado. Além disso, o consumidor deve organizar suas finanças para garantir que o uso do FGTS não vai comprometer seu futuro financeiro.
