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Previu crise de 2008: economista espera grande recessão no fim de 2022

Especialista que previu a crise financeira de 2022 tem nova previsão de recessão "longa e feia” no fim deste ano.



Uma recessão “longa e feia” pode atingir os Estados Unidos e o mundo no fim de 2022, crise pode continuar até 2023. Essa é a previsão feita por Nouriel Roubini, economista que previu a crise financeira de 2008, em entrevista à Bloomberg.

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O especialista acredita que até a menor retração na economia norteamericana pode fazer o S&P 500 despencar 30%. O índice é composto por ativos negociados nas bolsas de Nova York. Entretanto, a crise esperada por ele deve causar queda de 40% no indicador.

Apelidado de “Doctor Doom” (Doutor Apocalipse) por ter antecipado o estouro da bolha imobiliária de 2008, previsto por pouquíssimos analistas, o economista destaca os níveis de endividamento de empresas e governos. Junto com a alta dos juros, eles sinalizam uma uma recessão mais profunda nos EUA, afirma.

“Muitas instituições zumbis, famílias zumbis, corporações, bancos, bancos paralelos e países zumbis vão morrer”, diz Roubini.

Inflação e juros

Ele acredita que o Federal Reserve (banco central norteamericano) não conseguirá alcançar uma inflação de 2% sem promover um forte desaquecimento da economia. Atualmente, a inflação do país registra alta de 8,3% no acumulado em 12 meses.

Roubini projetou alta de 0,75 ponto percentual nos juros dos EUA, o que foi confirmado na reunião do Fed da última quarta-feira, 21. Para os encontros de novembro e dezembro, ele espera novos aumentos de 0,50 ponto percentual, com a taxa ficando entre 4% e 4,25% no fechamento de 2022.

Recessão

Ainda de acordo com o economista, o país não deve criar estímulos fiscais para lidar com a crise, o que pode provocar estagnação, inflação e nível de endividamento semelhantes ao visto durante a crise financeira global. “Não será uma recessão curta e superficial, será severa, longa e feia”, prevê.

A recessão nos EUA e global persistirá durante todo o ano de 2023, afirma Roubini. Diferente de 2008, quando as famílias e os bancos foram os mais atingidos, ele prevê os maiores prejuízos para as corporações e instituições financeiras.




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