Com doença rara, jovem tem que comer 20 kg de maisena no mês

Uma jovem de Minas Gerais viralizou após publicar dados de sua doença rara na internet. Ela tem que comer 20 kg de maisena todos os meses.



A maisena é uma farinha feita com amido de milho e é tradicionalmente utilizada para fazer doces e outros pratos da cozinha. Você já ouviu falar na “Rainha da Maisena”? Essa é a alcunha de uma jovem que viralizou na internet por conta de uma doença rara. Para tratar a glicogenose, a menina precisa ingerir 20 kg de amido de milho todos os meses.

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Enquanto algumas pessoas fogem do carboidrato para não ganhar peso, o caso de Letícia Ramos, moradora de Ubareba, em Minas Gerais, é o exato oposto. Mesmo magra, a garota tem que comer uma alta quantidade de maisena mensalmente para controlar sua doença, que afeta a absorção de glicose pelo organismo.

Garota de 30 anos come 20 kg de maisena por mês

Letícia tem 30 anos de idade, mas convive com sua doença rara desde os dois. Ela dissolve uma grande quantidade de maisena na água, quase 400 gramas e toma o líquido pronto seis vezes ao dia. O objetivo do tratamento é manter o metabolismo funcionando adequadamente.

Em suas redes sociais e em entrevistas à imprensa, como o veículo O POVO, a mineira relata os detalhes da doença. Embora consiga manter o bom humor atualmente, a necessidade de comer maisena não é originária de uma causa alegre. Ela relata as dificuldades que teve que enfrentar ao longo da vida.

De acordo com a menina, o tamanho do abdômen foi o fator que deu o primeiro indício da glicogenose. Ela diz que “tinha convulsões, urina escura e pele esverdeada. Sofri muito preconceito na infância, achavam que estava grávida muito nova e perguntavam à minha mãe. Isso não parou na adolescência, mas aprendi a conviver”, contou ao jornal.

Por conta da doença, Letícia não pode comer frituras, açúcar e alimentos industrializados. A dieta dela é hiperproteica, já que a glicose pode afetar os músculos do corpo. Ela tem que comer maisena para manter a saúde e precisa levar a farinha branca para todo lugar, junto de um laudo médico.

Vídeos vieram na pandemia

Ela relata que foi durante a pandemia que decidiu fazer os vídeos para contar sobre sua doença. Se antes a doença era motivo de tristeza constante, hoje a jovam consegue viver melhor com a situação e os vídeos ajudaram muito nesse sentido.

“Eu tinha vergonha de tomar o amido de milho, e sempre sai escondidinho para tomar, mas agora quero ajudar quem passa por isso e falar mais abertamente da doença”, disse.

A doença de Letícia é rara e atinge uma a cada 25 mil pessoas na Terra. Quem tem a glicogenose sofre com crises de hipoglicemia constantes, as quais geram ansiedade, tremores, palpitação, confusão mental e convulsão.




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