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Em encontro com Alckmin, Bolsonaro se compromete com transição de governo

Vice-presidente eleito considera conversa com o atual chefe do Executivo positiva e fala sobre transição de governo.



O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), discutiram nesta quinta-feira, 3, a transição do governo federal. De acordo com o político vitorioso, que também é coordenador-geral do processo, o atual chefe do Executivo afirmou que vai colaborar com a equipe e reafirmou “compromissos em relação à transição”.

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“Foi positivo. O presidente [Bolsonaro] convidou. Nós já estávamos saindo já. Para que fosse até lá ao seu gabinete”, relatou Alckmin. “E reiterou o que disse o ministro Ciro Nogueira e o ministro general Ramos, da disposição do governo federal de prestar todas as informações, colaborações, para que se tenha aí uma transição pautada pelo interesse público”, disse o vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Após o encontro não planejado com Bolsonaro, Alckmin reuniu-se com o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Bruno Dantas. Ainda de acordo com ele, ficou acertada uma transição “pautada na transparência, na continuidade dos trabalhos, no planejamento, na previsibilidade”.

Bloqueio das estradas

Em sua primeira visita ao Palácio do Planalto, ele confirmou que os trabalhos da equipe escolhida para a troca de governo começará de fato na próxima semana. Neste fim de semana, Lula aproveita a folga no litoral nordestino ao lado da esposa, Janja.

O vice-presidente eleito aproveitou a fala para criticar os protestos nas estradas, liderados por manifestantes descontentes com a derrota de Bolsonaro. De acordo com ele, os bloqueios nas rodovias ferem “o direito de ir e vir”.

“O direito de ir e vir é sagrado. Não é possível impedir as pessoas de se locomover. É grave. Você pode comprometer a saúde das pessoas, o abastecimento, os hospitais, transplante, vacina, alimentação, combustível. Prejuízo!”, declarou;

Sobre os pedidos de ‘intervenção federal’ feitos pelos protestantes pró-golpe, o ex-governador de São Paulo disse apenas que são despropositados. “Isso é totalmente despropositado. Tão despropositado que não merece nem comentário.”.

Equipe de transição

Além de Alckmin, a equipe de transição de Lula contará com 50 pessoas e terá como base o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), próximo ao Planalto. Apoiadores da campanha do petista farão parte do grupo.

“Ele [Lula] é o presidente. Ele que comanda todo o processo. Ele tirou uns dias merecidos de descanso, está voltando no domingo e, na segunda-feira, já teremos um conjunto de reuniões de trabalho para poder avançar na transição”, acrescentou o novo vice.

Ao falar sobre as negociações com aliados para composição do governo, o vice eleito foi questionado sobre a hipótese de incluir partidos do centro e da direita. Segundo ele, a possibilidade existe.




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