O acesso à educação superior é o sonho de muitos jovens que terminam o ensino médio. O grande problema é que as vagas em universidades públicas são limitadas, e muitas vezes o estudante não tem condições de arcar com os custos da mensalidade cobrada pelas instituições privadas.
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Para ajudar essa parcela da população que sonha em se graduar, o governo criou o FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior). Por meio dele, o aluno que faz o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) pode conseguir financiamento integral ou parcial das mensalidades do curso escolhido.
O pagamento dos valores começa somente após a conclusão da graduação, ou seja, quando o profissional já está no mercado de trabalho. A taxa efetiva de juros é de 3,4% ao ano para todos os cursos.
Voto de confiança
Durante um encontro com reitores de universidades e institutos federais realizado no no Palácio do Planalto, Lula falou sobre as críticas ao programa, a maioria delas relacionadas ao alto custo e nível de inadimplência. O presidente defendeu que o governo precisa “dar um voto de confiança” para os estudantes.
“Quem vai financiar o Fies é o Estado brasileiro; nós vamos dar um voto de confiança na nossa juventude. Nós não podemos melhorar só a quantidade de acesso [à universidade], mas também a qualidade”, afirmou.
Segundo o petista, milhões de pessoas “de elite” no Brasil estão com débitos de impostos junto à União. Por isso, o governo não deve focar nas pendências financeiras de jovens que estão em início de carreira.
“O Brasil tem milhões de pessoas que sonegam impostos, gente de elite, e eu vou me incomodar com a dívida de um estudante? Eu tenho certeza que o jovem que arrumar emprego vai cumprir com o compromisso de pagar sua dívida”, disse.
As declarações do presidente deixam claro que o governo não tem planos de encerrar o programa de financiamento estudantil. Dessa forma, quem deseja pagar os estudos com o FIES pode comemorar.
