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Vegetarianismo é pior para o meio ambiente que o consumo de carne, diz estudo

De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade da Geórgia, a produção de soja tem o mesmo impacto ambiental que o de proteína animal. Entenda!



Um dos principais argumentos que os vegetarianos e veganos possuem em relação a retirada da carne da dieta é que o hábito contribui para a diminuição dos danos ao meio ambiente. Contudo, um novo estudo aponta que os hábitos vegetarianos podem chegar a serem mais prejudiciais para o planeta do que uma alimentação que inclui a proteína animal.

Leia mais: Você vai repensar seu consumo de carne vermelha após saber deste estudo.

O estudo foi realizado na Universidade da Geórgia e foi publicado no Journal of Political Ecology. Ele aponta que uma alimentação composta majoritariamente por vegetais e com consumo de carne local e limitado pode ser a melhor forma para proteger o meio ambiente e também demonstrar respeito aos animais.

“Não há nada de sustentável nesse modelo baseado em plantas. É realmente muita maquiagem verde (greenwashing: técnica de marketing que é associada a apropriação injustificada de virtudes ambientais). Você realmente não precisa olhar muito longe para ver o quão problemática é essa narrativa”, afirmou Amy Trauger, autora do estudo.

Proteína vegetal também agride o meio ambiente

De acordo com o estudo, a soja, usada principalmente nos Estados Unidos, não é plantada lá. A semente é utilizada para a produção de substitutos proteicos como o tofu. Em geral, grande parte das sementes importadas pelo EUA vêm da Índia, que lida com uma grande devastação ambiental no país.

Além disso, os campos de agricultura destinados a plantação da semente poderiam ser utilizados para acabar com a insegurança alimentar da população local. Outro fator a ser analisado é a distância que o produto precisa percorrer até chegar em solo americano, causando grandes impactos no meio ambiente.

Já em relação ao óleo de palma, a produção do item causa desmatamento de florestas e denúncias de violação aos direitos humanos, como abuso sexual e trabalho infantil. “As pessoas priorizam a vida do gado e dos animal domesticado em detrimento da vida das pessoas que cultivam óleo de palma ou soja. As empresas adoram anunciar às pessoas que comer dessa maneira fará diferença no mundo, mas não fará.”, argumenta Trauger.

E a produção de carne?

Em relação ao consumo de carne, a redução da quantidade ingerida auxiliaria na diminuição das mudanças climáticas. Contudo, a problemática envolvendo a proteína animal está muito mais relacionada com a produção do que com o consumo em si.

Dessa forma, a pesquisadora afirma que a criação de animais pode até auxiliar o meio ambiente, como no caso dos porcos. Se os suínos são criados livremente e em pequena escala, eles podem se alimentar de vegetais encontrados no campo, contribuindo para para a saúde do solo e do ecossistema.

A solução então seria a produção em pequena escala, suficiente para o consumo local. Com isso, um único porco consegue gerar cerca de 150 kg de carne, suficiente para alimentar uma família por meses. Além disso, a produção em baixa escala também reduz quantidade de plásticos e gera empregos locais, diminuindo o caminho da produção até a casa do consumidor.




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