Atualmente, muitos brasileiros estão enfrentando problemas financeiros devido ao alto endividamento. A pandemia da Covid-19 pode ter agravado a situação, causando o aumento do desemprego e a diminuição da renda familiar, levando muitas pessoas a recorrer a empréstimos e cartões de crédito para pagar contas básicas e dívidas.
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Diga ‘adeus’ às dívidas
Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de 2021 mostrou que 66% das famílias brasileiras estavam endividadas e que 51% de toda a renda estava comprometida com os bancos.
Diante desse cenário, o Bradesco está ofertando um serviço de renegociação de dívidas, onde os clientes poderão ter acesso a até 95% de desconto no pagamento integral. Veja mais informações da campanha ao longo do texto.
A iniciativa começou na última semana e continuará até o dia 30 de junho deste ano. Por ela, cada brasileiro, seja pessoa física ou jurídica, terá a chance de renegociar as dívidas, especialmente aqueles que estão em atraso no pagamento das seguintes categorias: cartão de crédito; cheque especial; empréstimo pessoal; financiamento e outros.
Vale ressaltar que bens de garantia, como carros e imóveis, não fazem parte dessa ação.
Desse modo, os clientes que aderirem ao projeto do Bradesco poderão quitar os seus débitos em parcelas de até 60 vezes. É importante não deixar de mencionar que nesse processo, também estão incluídos as taxas de juros a partir de 0,99%, adicionando também a entrada. Tudo resulta em um desconto que alcança 80% do total.
Quem optar por pagar tudo à vista poderá ter acesso a um desconto ainda maior, que pode chegar a 95%.
Taxa de devedores é alta
Tudo isso acontece em um momento no qual o país está passando por uma inflação que atinge, em especial, os já inadimplentes. Segundo um levantamento da Serasa Experian, os devedores atingiram a marca de 70,1 milhões, em janeiro deste ano. É o maior número já registrado.
O presidente-executivo do Bradesco, Octávio de Lazari, afirma que o banco está cauteloso, pois ofertou empréstimos acima do que deveria, contribuindo para essa alta na inadimplência que vem impactando não só a instituição mas todo o setor econômico do país.
Mais uma medida que será tomada pelo banco diz respeito à redução de acesso ao crédito, justamente para diminuir o número de devedores. Na verdade, o próprio Lazari admitiu que essa ação deveria ter sido implantada mais cedo.