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Alarme falso? Picanha é vista à venda por R$ 34,99; veja o real preço médio

Um vídeo que mostra a picanha sendo vendida por metade do preço fez os brasileiros se perguntarem: o corte está realmente mais barato? Veja!



Um vídeo divulgado última semana pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) viralizou ao mostrar uma suposta queda no preço da picanha. Na publicação, é possível ver o valor do corte, que está sendo comercializado por R$ 34,99, o quilo, na rede Garcia Supermercados, em Blumenau (SC). Durante o vídeo, a deputada comemora: “Sabe o que é isso aqui? Eu fiz o L”, afirma em referência à vitória do presidente Lula nas eleições.

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O corte mostrado pela deputada no registro não se trata da picanha, mas sim da picanha fatiada. Essa peça não é considerada tão nobre, visto que, diferentemente da picanha “de verdade”, a fatiada mistura o corte com o coxão duro. Por ser de qualidade inferior à picanha original, o corte é vendido por preços bem mais em conta.

Dessa forma, a carne tão desejada pelos brasileiros está, na verdade, à venda pelo dobro do preço mostrado no vídeo. Nas maiores redes de supermercado, é possível encontrar o corte por algo entre R$ 60 a R$ 350 (em suas versões premium e importadas). De acordo com o IPCA, o preço da picanha subiu cerca de 1,12% no último mês.

Afinal, o preço da carne caiu?

Mesmo tendo apresentado um aumento no último mês, o valor da carne mostrou uma queda nos últimos 12 meses. Os valores diminuíram 6,73%, mas a picanha contou com uma redução mais simples, de 4,94%. No geral, a carne bovina tem se beneficiado da redução do preço cobrado pela ração, principalmente das derivadas da soja e do milho.

De acordo com André Braz, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, “há um esfriamento da atividade econômica no mundo”; contudo, a diminuição no preço da carne não representa uma grande redução frente à alta registrada em 2020, quando ela foi uma das grandes responsáveis pelo aumento da inflação.

“Essa estabilidade, hoje, é graças a esse ambiente menos favorável para a demanda e pelas boas safras.”

Preços continuarão caindo ou vão subir?

Segundo Braz, o preço da carne corre risco. Isso, porque o agravamento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia pode piorar as condições. Assim, a interrupção da Rússia na participação no acordo de grãos do mar Negro, que permitia que a Ucrânia exportasse os seus grãos, pode alterar os preços cobrados.

Além disso, os casos de gripe aviária pode fazer com que as pessoas deixem de consumir carne de frango e passem a consumir carne bovina. “Pode haver algum comprometimento, mas acho que não vai ser nada num estilo de um choque suficiente para mudar a expectativa de ter uma inflação mais baixa neste ano”, completa Braz.




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