Você já parou para refletir sobre o impacto do repouso noturno na sua saúde? Um estudo conduzido por estudantes de medicina na Noruega revelou informações fascinantes acerca da duração do sono e sua conexão com as doenças. Mais de 1,8 mil pacientes participaram dessa pesquisa, compartilhando suas percepções através de questionários sobre a qualidade do descanso e seu estado de saúde.
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Os resultados surpreenderam
Descobriu-se que tanto dormir pouco quanto dormir demais aumentam as chances de enfrentar infecções. Os pesquisadores da Universidade de Bergen, responsáveis por essa investigação, publicaram suas descobertas em março, no periódico Frontiers in Psychiatry. Durante seis meses, os estudantes coletaram dados de 20 pacientes cada, independentemente do motivo da consulta.
Os dados mostraram que pessoas com problemas crônicos de sono, insônia ou que dormem menos de seis horas por noite têm uma probabilidade maior de relatar infecções. Mas, surpreendentemente, aqueles que dormem mais de nove horas também estão sujeitos a um risco elevado de infecção.
Ingeborg Forthun, uma das autoras do estudo, explicou que esse maior risco entre os que dormem pouco ou muito não é tão surpreendente, afinal, ficar doente pode afetar o sono e causar sonolência. No entanto, o estudo apontou que pessoas com distúrbios crônicos de insônia são particularmente vulneráveis a infecções, indicando que a falta de sono pode torná-las mais suscetíveis.
Equilíbrio é essencial
Apesar das limitações do estudo, como os dados autodeclarados e a falta de informações clínicas detalhadas, ele forneceu informações valiosas sobre um grande grupo de pessoas em situações reais. As conclusões sugerem que o equilíbrio é essencial: dormir entre seis e nove horas por noite pode reduzir o risco de infecções e a necessidade de antibióticos.
Se confirmarmos a ligação entre sono adequado e saúde, poderemos reduzir o uso excessivo de medicamentos e proteger as pessoas contra infecções antes mesmo de ocorrerem. A pesquisadora ressalta a importância de conscientizar tanto os pacientes quanto os médicos sobre a relevância do sono não apenas para o descanso, mas também para a saúde geral, principalmente na atenção primária.
