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Causadores de câncer: lista da OMS inclui alimentos, produtos e até profissões

Agência ligada à Organização Mundial da Saúde atualiza relação de elementos com potencial carcinogênico. Veja a lista.



Quando o assunto são elementos que podem causar câncer, é comum pensar em cigarro, bebidas alcóolicas e alimentos ultraprocessados. Esses exemplos não estão errados, mas a lista é bem maior do que a maioria da população imagina.

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A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), atualizou a relação de substâncias, produtos e profissões com potencial carcinogênico. Os itens vão desde produtos químicos até hábitos do estilo de vida.

O inventário é feito desde 1971, e “grupos de cientistas especializados revisam os estudos publicados e avaliam a força das evidências disponíveis de que um agente pode causar câncer em humanos”, segundo a Iarc. No momento, mais de mil agentes foram analisados e 500 são classificados como “carcinogênicos”, “provavelmente carcinogênicos” ou “possivelmente carcinogênicos” para o ser humano.

A análise é baseada em pesquisas experimentais em animais, testes em humanos e investigações sobre mecanismos de ação que expliquem a relação do elemento com a doença. A entidade categoriza cada item, mas não descreve detalhes sobre a dose ou a frequência de exposição necessárias para algo oferecer perigo.

“A Iarc busca classificar as substâncias de acordo com seu potencial cancerígeno para, principalmente, informar a população e os sistemas de saúde sobre os riscos que determinadas substâncias podem representar”, explica o oncologista Felipe Coimbra, líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C. Camargo Cancer Center (SP).

Elementos carcinogênicos

Os itens pesquisados são classificados em quatro categorias, veja:

  • Categoria 1: elementos considerados carcinogênicos para humanos que requerem o máximo de atenção.
  • Categoria 2A: agentes provavelmente carcinogênicos para humanos, mas com um conjunto de indícios que mostraram que a substância é promotora de câncer em estudos com animais.
  • Categoria 2B: semelhante ao grupo anterior, mas as evidências científicas do potencial carcinogênico são mais limitadas.
  • Categoria 3: substâncias que não podem ser classificadas quanto à sua carcinogenicidade para humanos.

Entre os 126 elementos do primeiro grupo podemos citar cigarro, álcool, carne processada (bacon, linguiça, salsicha, etc.), radiação solar e poluição, além de poeira da madeira, trabalhar como pintor, bactéria H pylori, hepatite C e alguns tipos de HPV.

O grupo 2A reúne 94 agentes, como carne vermelha, anabolizantes, glifosato (agrotóxico), trabalho noturno, ingestão de bebidas acima de 65 °C e trabalhar como cabeleireiro ou barbeiro. Já o grupo 2B tem 322 agentes, como extrato de aloe vera, extrato de ginkgo biloba, escapamento de motor a gasolina e trabalhar como carpinteiro ou marceneiro.

Por fim, o grupo 3 agrega 500 compostos como iluminação fluorescente, implantes mamários de silicone, chá, produtos para coloração de cabelo e mate não muito quente. A relação de todos os grupos pode ser lida aqui.




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