A Volkswagen anunciou que vai suspender a produção de carros, incluindo seus principais modelos fabricados no país. A decisão surpreendeu, especialmente considerando os estudos e incentivos do governo para auxiliar as empresas do setor automotivo.
Leia também: Carros populares: vendas caíram 15,15% mesmo com o incentivo do governo
Três fábricas da montadora alemã terão suas operações interrompidas no país: São José dos Pinhais (PR), São Bernardo do Campo e Taubaté (ambas em São Paulo).
A justificativa da empresa é a estagnação do mercado automotivo brasileiro. Apesar dos esforços do setor e do governo, a VW afirma que não tem condições de manter a produção dos veículos no ritmo atual. À imprensa, a montadora afirmou estar agindo dentro dos acordos feitos com os funcionários. “Todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em Acordo Coletivo firmado entre o Sindicato e colaboradores da Volkswagen”, informou a companhia ao Poder 360.
Dados explicam paralização da produção de carros
Dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) mostram que a média de carros emplacados no país é considerada baixa, chegando a apenas 6.285 veículos até 19 de junho.
Para piorar um pouco mais o cenário, locadoras e grandes frotistas, responsáveis por mais da metade dos emplacamentos, suspenderam a compra de modelos populares esperando entrar na MP dos carros populares, o que ainda não aconteceu e só deve virar realidade se houver recursos disponíveis no final do prazo para pessoas físicas, o que pode não acontecer sem uma nova intervenção do governo.
Os carros afetados pela suspensão da produção incluem o Novo Polo, Novo Virtus, Saveiro e Nivus na fábrica de São Bernardo do Campo, o Polo Track e Novo Polo na planta de Taubaté, e o T-Cross na fábrica de São José dos Pinhais.
Apesar disso, ainda é possível comprar tranquilamente veículos da marca VW, já que os estoques estão cheios e não há grandes dificuldades para encontrar e adquirir um carro da empresa, independente do modelo escolhido. A paralisação afeta, principalmente, os funcionários das fábricas.
