Aposentadoria do INSS: quem consegue receber o teto do benefício em 2023?

Valor limite dos benefícios do INSS é estabelecido anualmente com base na inflação acumulada no ano anterior.



Se aposentar pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o sonho da maioria dos trabalhadores, mas muitos nem sabem quanto vão receber após a aprovação benefício. A verdade é que conseguir o teto previdenciário, hoje em R$ 7.507,49, é uma tarefa bem difícil.

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Desde a reforma da Previdência de 2019, ficou mais complicado garantir o valor máximo da aposentadoria porque o cálculo do benefício mudou. Além disso, a adoção de diferentes índices de correção monetária provocaram discrepâncias entre o valor da contribuição e a quantia recebida.

Cálculo da aposentadoria

A aposentadoria do INSS equivale a 60% da média salarial do trabalhador, mais 2% a cada ano extra de contribuição. Hoje, o tempo mínimo de recolhimento é de 15 anos para as mulheres e 20 anos para os homens.

Quem recolhe o teto durante todo o período laboral normalmente se aposenta com 35 anos (mulheres) ou 40 anos (homens) de contribuição. A média-teto para o grupo gira em torno de R$ 6.953,83, valor calculado com base na inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que muda todos os meses.

Um trabalhador com 35 anos de contribuição tem direito a uma aposentadoria de 90% sobre sua média salarial, mas, se quiser atingir os 100%, terá que contribuir ao menos 40 anos para conquistar o valor restante. Uma mulher na mesma situação conquistaria 90% com 30 anos e 100% apenas com 35 anos de recolhimento.

Nessa situação, seria possível receber o valor total da média de contribuição. Se a média salarial foi de R$ 3.000, por exemplo, a aposentadoria seria de R$ 2.700.

Tempo de contribuição para conseguir o teto

Segundo Newton Conde, da Conde Consultoria Atuarial, um homem que deseja ter uma aposentadoria igual ao teto do INSS precisaria de índice de cálculo de benefício de 108% sobre a média salarial, ou seja, teria que contribuir com a Previdência por no mínimo 44 anos. Já uma mulher precisaria alcançar índice de 106%, ou 38 anos de contribuição.

“A nova fórmula de cálculo das aposentadorias faz com que a pessoa só consiga receber o teto se tiver bastante tempo de contribuição após julho de 1994. Um homem com 45 anos de contribuição ele vai ganhar 110% da média de seus salários de contribuição”, explica.

“O que para a gente parece óbvio, juridicamente não é. Agora, temos ainda a revisão da vida toda, que pode fazer com que o segurado tenha contribuições de antes de 1994, em outras moedas e com outros índices de correção. Por isso, cada caso é particular”, completa.




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