O Banco Central divulgou o último Boletim Focus com as previsões para a economia do país em 2023 e nos próximos três anos. De maneira geral, os economistas mantiveram as projeções da semana anterior.
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No Congresso Nacional, a expectativa é pela promulgação da PEC da dupla nacionalidade. Já o governo federal avalia a possibilidade de reduzir o número de carreiras do serviço público federal por meio de uma reforma administrativa.
Nos assuntos em destaque nesta terça-feira (3), veja também que os funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp realizam uma paralisação para protestar contra os planos de privatização do governo paulista. Confira mais informações a seguir.
Serviço público
O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) quer reduzir dos atuais 150 para cerca de 20 ou 30 o número de carreiras do serviço público federal. A reforma administrativa que inclui a proposta está em fase de planejamento pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A ideia é autorizar a contratação de funcionários com carteira assinada na administração indireta federal, como autarquias, estatais e fundações. Segundo o secretário extraordinário para a Transformação do Estado, Francisco Gaetani, é ideal que esses órgãos “funcionem num regime celetista, flexível” para “entregar os resultados”.
Também está prevista uma revisão nas regras dos contratos temporários no setor público para permitir a ampliação e a redução dos prazos.
“A gente tem de agrupar e alinhar as carreiras para equilibrar mais o jogo de umas em relação a outras, ao longo de três, quatro anos. Hoje, cada carreira raciocina isoladamente: ‘meu caso é muito especial, minha situação é muito particular’. Isso levou à situação atual, cheia de distorções”, afirmou Gaetani.
Indicadores econômicos
O mercado manteve suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e a taxa Selic, mostra o último Boletim Focus do Banco Central (BC).
A previsão para o PIB continua em 2,92% para o final de 2023 e em 1,50% para 2024. Os analistas projetam crescimento econômico de 1,90% em 2025 e de 2% em 2026.
Para a inflação medida pelo IPCA, a expectativa foi mantida em 4,86% ao final deste ano. Para 2024, o indicador teve um aumento para 3,87%, ante 3,86% no levantamento anterior.
Houve ainda manutenção nas previsões dos economistas para a Selic, projetada em 11,7% para 2023 e 9% para 2024. Eles também esperam juros de 8,5% em 2025 e 2026.
PEC da nacionalidade
Pode entrar em vigor nesta terça-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da dupla nacionalidade, que prevê o fim da perda automática da cidadania brasileira por cidadãos que obtêm outra nacionalidade voluntariamente. A medida aguarda apenas a promulgação do Congresso Nacional.
“Não há mais dúvidas de que nós temos tranquilidade jurídica no caso dos brasileiros que têm dois passaportes”, disse o senador Carlos Viana (Podemos-MG), relator da proposta no Senado.
Mais de 2,5 milhões de pessoas deverão ser beneficiadas diretamente, segundo a deputada Bia Kicis (PL-DF), relatora da matéria na Câmara. O número considera os brasileiros que podem pleitear a dupla nacionalidade e também aqueles que desejam recuperar a condição renunciada.
Greve no Metrô, CPTM e Sabesp
Será realizada nesta terça-feira uma paralisação coletiva de funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Os profissionais em greve protestam contra os planos de privatização do governo paulista.
A expectativa é de paralisação nas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô. Todas as linhas da rede ferroviária administradas pelo serviço público também não devem funcionar.
Já as linhas 4-amarela e 5-lilás de metrô, bem como as linhas 8-diamante e 9-esmeralda, vão operar normalmente, já que são administradas por concessionárias do grupo CCR. Entretanto, os trabalhadores das bilheterias podem aderir ao movimento.
O sindicato que representa os trabalhadores da Sabesp informou que não haverá interrupção do fornecimento de água. Os sindicatos reclamam que a concessão das linhas de transporte e da operação da rede de água e esgoto vão reduzir a qualidade dos serviços.
