A cena é familiar: parques lotados de pessoas fazendo flexões, agachamentos, saltos, e, claro, a popular barra. Não se trata de uma febre momentânea, não! A crescente onda de pessoas trocando pesos e máquinas pelo próprio peso corporal reflete uma mudança cultural em direção ao básico, ao natural e, acima de tudo, ao funcional.
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Hoje, como reflete o interesse dos frequentadores de academias, muitos estão buscando essa alternativa. De acordo com o apontado pela The American College Sport Medicine, a calistenia, como é conhecida, é hoje a terceira modalidade de maior interesse no esporte mundial. Você imaginava isso?
Cacá Ferreira, gerente técnico da Cia Athletica, destacou: “Há uma grande quantidade de movimentos que podem ser executados com o próprio peso do corpo e com ativação muscular. Levamos essa tendência muito a sério em virtude dos benefícios que ela traz para os alunos”.
E quais são esses benefícios desse treino?
- Força muscular: esqueça a ideia de que é preciso levantar peso para ganhar músculos. A calistenia, ao usar o peso do corpo, pode desenvolver a força de maneira incrivelmente eficaz;
- Estabilidade e amplitude articular: os exercícios desse tipo promovem uma melhor consciência corporal e ajudam a melhorar a estabilidade e a amplitude de movimentos nas articulações;
- Coordenação: ao aprender a controlar e mover o próprio corpo, a coordenação motora é aprimorada, o que pode ajudar em outros esportes e nas atividades do dia a dia.
Como em toda modalidade esportiva, é essencial uma adaptação individual
“Como toda prática esportiva, precisa ser ajustada para cada pessoa, o que é feito pelo profissional em educação física. Existem muitos passos antes da pessoa conseguir erguer seu próprio peso em uma barra, por exemplo”, afirmou Ferreira. A flexibilidade dessa prática é outro grande trunfo. Dá para treinar em casa, no parque, na praia ou até mesmo durante uma viagem. A natureza “sem acessórios” do treino o torna universalmente acessível.
E para aqueles preocupados com lesões, Ferreira oferece palavras tranquilizadoras: “Além disso, é um treino que, com acompanhamento correto, é bastante seguro e pouco agressivo às articulações e músculos”.
