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Banco digital fundado por influencer é alvo de denúncias por calote em clientes

Ao tentarem movimentar o dinheiro depositado na conta ou retirar os valores, os correntistas afirmam que a operação é impedida.



Diversos clientes do banco digital Girabank estão relatando que não conseguem mais sacar ou movimentar suas quantias depositadas. Com a situação, os correntistas buscaram um dos responsáveis pela fintech: Carlinhos Maia. No entanto, ao ser questionado sobre a situação do Girabank, o influenciador afirmou que teria se desligado do banco digital há um ano. Anteriormente, Carlinhos se apresentava como sócio-fundador da empresa e garoto propaganda.

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Ao buscar por informações sobre a empresa, a Girabank Tecnologia e Finanças Instituição de Pagamento não está no catálogo público de bancos e fintechs reguladas e supervisionadas pelo Banco Central (BC). No site do Reclame Aqui, há cerca de 2,5 mil reclamações contra banco digital. Assim, a empresa aparece como “Não Recomendada”, já que não responde cerca de 50% das reclamações recebidas.

Os clientes do banco afirmam que realizaram depósitos nas contas, mas que não conseguem realizar operações com as quantias depositadas. Alguns clientes informam que não conseguem fazer transferências ou Pix, e que os canais de comunicação com a Girabank não respondem aos questionamentos realizados.

Carlinhos Maia diz não ser mais responsável pelo banco

No lançamento do Girabank em 2021, Carlinhos Maia se apresentou como fundador da empresa. Em um vídeo divulgado durante o lançamento,  o influenciador afirmou ter investido mais de R$ 100 milhões no projeto, além de atuar como garoto-propaganda da instituição. Contudo, após a situação vir a tona pouco antes do Natal, Carlinhos Maia afirmou que se desligou da empresa há cerca de um ano.

Segundo um vídeo publicado em seu Instagram, o influencer afirmou que tomou a decisão justamente por ser constantemente procurado por seguidores que tinham problemas com o Girabank. Ele não aparece na lista de sócios no cadastro do banco. O influenciador informou ainda que o banco está sendo vendido para outro grupo e que a mudança está sendo avisada aos clientes por e-mail.

“Olhem no e-mail de vocês, eles estão respondendo todo mundo. Está tendo uma troca de donos e de maneira nenhuma o dinheiro de ninguém será roubado —até porque não pode, envolve o Banco Central e tudo mais. Fiquem tranquilos, olhem o e-mail de vocês. Eles estão resolvendo tudo”, disse no Instagram.

Quem são os responsáveis pelo Girabank?

Segundo o quadro societário registrado no Governo Federal, o Girabank possui três companhias como sócias: a Three Hundred Investimentos e Participações, a DMB Technology, e a Prudente Gestão de Pagamentos. Em 2023, outros dois nomes entram na lista da empresa como administradores: Ana Paula Soares Parente e José Amaro da Silva. Ao serem procurados pelo Uol, nenhum dos administradores forneceu respostas.

No site da empresa, é informado que os serviços de transferência de dinheiro são realizados por empresas terceiras: a Acesso Soluções de Pagamento, operadora da plataforma de investimentos Bankly, e a Pinkbank Brasil Instituição de Pagamentos S.A. Assim, em comunicado enviado ao Uol, a Bankly informou que “manterá os recursos à disposição dos clientes e fornecerá meios para que os clientes possam transferir seus recursos para outras contas de sua titularidade”.

Já a Pinkbank afirmou que pretende não prosseguir na parceria com a Girabank, visto que não concorda “com práticas que possam estar em desacordo com as regras de mercado”, afirmou no comunicado enviado ao Uol.

*Com informações do Uol




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