O presidente Jair Bolsonaro prorrogou, na última terça-feira, 1, o auxílio emergencial com parcelas de R$ 300 até dezembro. Contudo, por causa da redução do valor, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, e deve receber oposição.
Segundo Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, parlamentares e centrais sindicais já indicaram que não aprovam o projeto do governo. Por isso, irão atuar no Congresso para que a Medida Provisória seja alterada, a fim de manter o valor inicial do benefício, R$ 600.
Vale ressaltar que o presidente já havia adiantado que não manteria as parcelas do auxílio com o mesmo valor, uma vez que o benefício custa R$ 50 bilhões por mês aos cofres públicos. Contudo, parlamentares da oposição vão tentar manter o auxílio a R$ 600 até o fim de estado de calamidade no Brasil, previsto até 31 de dezembro.
Auxílio Emergencial
O benefício de R$ 600 foi criado para ajudar trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus. A princípio, o governo Bolsonaro havia proposto o auxílio emergencial com parcelas de R$ 200. O Congresso Nacional decidiu que o valor seria de R$ 500 e, posteriormente, o presidente propôs o aumento para R$ 600.
A concessão do benefício contribuiu para o aumento da popularidade de Jair Bolsonaro, mas a oposição alega que o presidente não se preocupa de fato com a situação das famílias de baixa renda.
“Bolsonaro surfou na produção da oposição e do Congresso Nacional e ganhou popularidade. Mas, agora, se revela através da proposta dos R$ 300, que não resolve o problema das famílias e nem ajuda a mudar a realidade da economia em retração”, afirmou Rogério Carvalho, líder do PT no Senado.
Em contrapartida, Bolsonaro já havia afirmado que e o valor de R$ 300 pode parecer pouco para as famílias afetadas pela pandemia, mas que é muito para quem concede o benefício.
“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse o presidente.
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