Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de brasileiros com diabetes cresceu 61,8% entre 2006 e 2016. Além do uso de medicamentos e da prática de exercícios físicos, a doença demanda cuidados especiais com a alimentação para evitar o aumento dos níveis de açúcar no sangue.
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Em certas situações, o paciente consegue elevar bastante sua qualidade de vida apenas adotando uma dieta mais saudável. Há casos em que a doença pode até mesmo ser revertida.
Se você tem diabetes ou quer evitar desenvolver a condição, confira as dicas de alimentação dos especialistas Maristela Bassi Strufaldi, nutricionista da SBD; Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês; e Rosângela Augusto, nutricionista do Cejam.
Liberados no cardápio
Maçã: rica em fibras solúveis, a fruta auxilia na absorção mais gradativa da glicose, prolonga a isenção de saciedade e ajuda a regular o intestino.
Canela: poderosa para regular a glicemia, ela impede a rápida liberação de grandes quantidades açúcar no sangue. Tenha cuidado para não exagerar na quantidade ao acrescentar o ingrediente na dieta.
Brócolis: o alimento contém um componente que é transformado em antioxidante no corpo e ajuda a diminuir a produção de glicose pelo fígado. Segundo o estudo que detectou essa função, ela é parecida com um dos medicamentos mais usados por diabéticos, o cloridato de metformina.
Carboidratos integrais: essa categoria de alimentos é rica em fibras e proteínas que ajudam no controle da glicemia. Fazem parte dos carboidratos integrais aqueles com cerca de 50% de grão integral.
Aveia: a betaglucana presente no ingrediente cria uma espécie de gel grosso que torna o esvaziamento do estômago e a absorção de glicose mais lentos. O processo impede o aumento acelerado das taxas de açúcar no sangue.
Oleaginosas: castanha-do-Pará, macadâmia, amêndoas, castanhas de caju e nozes estão entre as oleaginosas ricas em magnésio, gorduras boas e ácidos graxos mono e poli-insaturados. Com apenas 30 gramas ao dia, fica mais fácil controlar a glicemia.
Liberados no cardápio, mas com moderação
Açúcar: não é proibido comer açúcar, mas a dica é seguir a recomendação de OMS (Organização Mundial da Saúde) e não deixar seu consumo ultrapassar 5% das calorias totais do dia. Também é importante ficar de olho no açúcar “embutido” em outros alimentos, especialmente nos industrializados.
Frutas secas: embora sejam ricas em nutrientes e fibras, elas contém muita frutose, o que pode levar ao consumo excessivo de carboidratos. Tenha cuidado para não exagerar quando for associar sua ingestão à de castanhas e queijos brancos.
Produtos diet: criados para quem não pode consumir muito açúcar, muitos deles contém bastante gordura e valor calórico semelhante à versão tradicional.
Álcool: as bebidas alcoólicas deixam o fígado cheio de trabalho, reduzindo sua atenção à produção de glicose. A ingestão diária recomendada é de 150 ml ou menos de destilados para mulheres, e de até 300 ml para homens.
Exclua do cardápio
Alimentos gordurosos: pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, por isso devem ficar longe das gorduras saturadas.
Ultraprocessados: esses alimentos contém açúcar, sal e gordura em excesso, ingredientes não recomendados para os diabéticos.