Fintech facilita empréstimos para baixa renda, sem usar Cadastro Positivo

Serviço é voltado para pessoas de classes C, D e E. Clientes não precisam ter dados em birôs de crédito e podem conseguir diferentes linhas de crédito.



A Migo, fintech nigeriana, anunciou que recebeu convites de grandes varejistas para dar início às atividades no Brasil. O serviço oferecido concede empréstimos para pessoas de baixa renda e também desbancarizados. A empresa possui 1 milhão de clientes e já realizou cerca de 3 milhões de empréstimos.

De acordo com o presidente da Migo, Ekechi Nwokah, os convites estão sendo feitos há mais de um ano. “Não importa se o cliente tem uma conta bancária ou não. Estamos prontos para atender as classes C, D e E”, disse.

No dia 3 de março, terça-feira, a fintech revelou que recebeu um investimento de US$20 milhões para iniciar as atividades. A rodada foi liderada pelo Valor Capital Group e contou com a participação do Africinvest, Cathay Innovation, The Rise Fund e Velocity Capital.

Esse fundo é focado em negócios inovadores no Brasil e já investiu em startups como Guiabolso, Gympass e CargoX. Com a parceria, a empresa deverá apostar em pequenos lojistas que fazem compras em São Paulo, mas não possuem acessos a crédito ou banco. Além disso, os interessados não precisarão se preocupar com Cadastro Positivo.

Como funciona a Migo?

Como é uma fintech, toda operação de trabalho oferecida pela Migo é de forma digital – sem filas e burocracias. Seu trabalho consiste em capacitar empresas locais para que essas possam oferecer crédito. Isso é feito por meio de um sistema integrado ao aplicativo ou site do parceiro.

Quanto ao serviço de empréstimo, os usuários podem fazer solicitações de empréstimos pela própria plataforma da startup. Também é possível solicitar o recurso diretamente com a empresa parceira.

Inicialmente, o interessado deve cadastrar um número de telefone para ter acesso às ofertas. Depois, é preciso inserir os dados bancários para receber o dinheiro, que é liberado em poucos minutos. O pagamento pode ser feito online ou por meio de caixas eletrônicos de bancos parceiros.

A empresa desenvolve um trabalho focado em aumentar a infraestrutura tradicional de bancos e cartões. Isso é feito para que cada vez mais pessoas tenham acesso a linhas de crédito, sem a necessidade de hardware de ponto de venda ou cartões de plástico.

“Usamos os dados do próprio estabelecimento parceiro e determinamos a linha de crédito. Em vez de usar um cartão para a operação, usamos, por exemplo, o aplicativo dessa varejista. Se aprovamos, movemos o montante do banco que empresta o dinheiro diretamente para a conta do estabelecimento naquele ou outro banco. Não temos crédito de R$ 10 mil, mas podemos oferecer R$ 500 ou R$ 1 mil”, salientou Ekechi.

Sobre a Migo

Fundada no ano de 2013, na Nigéria, a fintech Migo, antiga Mines.io, possui uma plataforma própria que opera na nuvem. O sistema permite bancos e empresas oferecerem crédito de maneira prática e totalmente digital aos seus clientes.

“O desafio da desigualdade social global é impulsionado pela falta de acesso ao crédito. Se você olhar para a classe média nos países desenvolvidos, ela se baseia amplamente no acesso ao crédito”, disse Nwokah.

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