A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)negou a certificação de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos solicitado pela empresa Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin. Segundo o órgão, o motivo foi a falta de documentos e especificações no processo de fabricação do imunizante.
O indeferimento foi divulgado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 30, e acarretará em atraso no calendário de vacinação no Brasil. O Ministério da Saúde pretendia importar 20 milhões de doses da Covaxin, de acordo com um pedido de importação enviado à Anvisa. O valor da compra seria de R$ 1,614 bilhão.
Sem as vacinas fabricadas na Índia, as 47 milhões de doses previstas para chegarem ao país caem em abril para 39 milhões. Nessa conta também estão incluídos 10 milhões de imunizantes Sputnik V, que também podem não entrar no país, já que a Anvisa suspendeu o prazo de análise de uso emergencial da vacina.
Os testes finais da Covaxin, feitos com 25,8 mil voluntários, apontaram para uma eficácia de 80.6% para casos sintomáticos. O imunizante já está sendo utilizado na Índia, Irã, Ilhas Maurício, Nepal e Zimbábue.
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