O Orçamento de 2021 deve privilegiar as pautas defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro em detrimento de projetos contrários. O texto liberou mais verbas para frentes como segurança pública e desenvolvimento regional, enquanto cortou dinheiro de áreas como política externa e transparência.
Bolsonaro encarou o Orçamento como uma maneira de gerar ganhos políticos, e movimentou peças que podem fortalecer seu projeto eleitoral para 2022. Um bom exemplo são as obras de desenvolvimento regional, cuja previsão de gastos cresceu mais de R$ 11 bilhões em relação ao texto aprovado pelo Legislativo.
A segurança pública também deve receber mais dinheiro, com a previsão de gastos indo de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,5 bilhões. Para a pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos, o texto destinou R$ 6,7 milhões, contra R$ 2,8 milhões disponíveis anteriormente.
Enquanto isso, áreas antagônicas como política externa, transparência e agricultura sustentável sofreram cortes expressivos. Se o Orçamento for aprovado como está, a verba do Ministério das Relações Exteriores deve passar de mais de R$ 750 milhões em 2020 para com R$ 430 milhões em 2021.
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