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Ambev cria aplicativo que detecta o consumo de álcool pela voz

Ferramenta utiliza inteligência artificial para identificar a presença de álcool no organismo do usuário.



A Ambev lançou um aplicativo revolucionário que promete ampliar a conscientização sobre a importância de não beber e dirigir. O Flow Voice promete usar inteligência artificial para identificar a presença de álcool no sangue do usuário pela voz.

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Segundo o Instituto Médico Legal de São Paulo, o álcool é encontrado no organismo de aproximadamente 40% das vítimas fatais de acidentes de trânsito. Além de detectar a substância, a ferramenta também traz orientações e dicas.

A empresa de bebidas visa promover a segurança nas vias e locais públicos por meio de recomendações aos motoristas embriagados, que serão incentivados a não dirigir após beber. O diretor de relações institucionais da Ambev, Rodrigo Moccia, falou sobre a iniciativa.

“É muito mais do que um aplicativo. A gente não está lançando um aplicativo, a gente está lançando uma inteligência artificial que consegue promover o consumo responsável pela voz”, disse em entrevista à Jovem Pan.

“Você tem desde o uso simples, como estar conectado no seu aparelho celular e receber mensagens para alternar uma bebida com água e pedir alguma coisa para comer, soluções simples. Até soluções mais sofisticadas, a gente está superinteressado em conversar com a indústria de automóvel para inserir a tecnologia de inteligência artificial nos carros e eventualmente proibir a partida e a ignição caso a pessoa não esteja em condições de dirigir”, acrescentou.

Estratégias

A estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) para coibir o consumo de álcool tem vem passando por atualizações nos últimos anos. Recentemente, a entidade começou a estimular o setor a buscar soluções de incentivo à moderação.

Rochane Ponzi, vice-presidente da Associação Brasileira dos Advogados de Trânsito, afirma que o aplicativo deve ser um aliado na conscientização do público. “Não é proibido beber no Brasil. Mas é proibido beber e dirigir. Então, na medida que dou ao cidadão a capacidade de fazer a sua autoavaliação, de que está ou não sob influência de álcool e agora posso assumir a direção de um veículo”, disse.

“Quando eu dou esse poder ao cidadão, eu também construo uma sociedade muito mais consciente dessa necessidade de não misturar as duas coisas e não colocar em risco, não apenas a sua vida, como também a coletividade”, completou.

Mais de 14,3 mil condutores foram autuados em 2022 por dirigir sob o efeito de álcool em rodovias federais. Para Flávio Adura, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, o Brasil não pode tolerar índices tão altos de embriaguez no trânsito.

“O álcool continua sendo uma das prioridades. Por isso, nós temos que realmente conscientizar, educar, fazer legislações cada vez mais rigorosas e fiscalização. Só assim que nós vamos tentar reduzir esse sofrimento provocado pelo álcool e direção”, defendeu.




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