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‘Livre estou’? Acho que não! Cidade que inspirou Frozen não aguenta mais turistas

Hallstatt, a cidade que inspirou Frozen, está saturada de turistas. Saiba como os moradores lidam com essa situação e como visitar a vila com respeito.



Hallstatt é uma pequena cidade nos Alpes austríacos que parece ter saído de um conto de fadas. Suas casas coloridas, sua igreja histórica e seu lago cristalino formam um cenário de tirar o fôlego. Não é à toa que Hallstatt foi a inspiração para o reino gelado da princesa Elsa, a protagonista do filme Frozen, da Disney.

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Mas nem tudo é magia em Hallstatt. A cidade, que tem apenas 800 habitantes, recebe cerca de 10 mil visitantes por dia, vindos de todas as partes do mundo. Muitos deles querem apenas tirar uma selfie na famosa ponte de madeira que cruza o lago, sem se importar com a preservação do patrimônio cultural e natural da cidade.

Hallstatt: a cidade que inspirou Frozen e que não aguenta mais turistas
Foto: EMPERORCOSAR / SHUTTERSTOCK

O descontentamento dos moradores com a invasão turística

Os moradores de Hallstatt estão cansados dessa invasão turística, que afeta sua qualidade de vida e sua tranquilidade. Eles já fizeram protestos pacíficos, pedindo medidas para limitar o número de turistas e garantir o respeito ao meio ambiente e à cultura local. Alguns até chegaram a erguer uma cerca para impedir os visitantes de entrarem em suas propriedades.

Hallstatt se junta a outras cidades que sofrem com o excesso de turismo

Por outro lado, Hallstatt não é a única cidade que sofre com o excesso de turismo. Outras grandes cidades, como Barcelona, Veneza e Amsterdã, também estão buscando formas de controlar o fluxo de visitantes e evitar os problemas causados pela superlotação, como poluição, vandalismo e desrespeito aos moradores.

De fato, esse dilema aflige quem vive nas zonas de festa em Barcelona, praticamente cercados em seus lares. A era Airbnb também gerou as “hordas de rodinhas”, viajantes que alugam imóveis em bairros muito cobiçados e causam um fluxo constante com suas bagagens de mão.

Isso porque é muito lucrativo alugar apartamentos centrais e, consequentemente, os moradores locais se mudam para áreas mais afastadas, o comércio local sofre e até creches e escolas encerram as atividades porque o número de crianças cai drasticamente. Ou seja, os residentes que ficam perdem qualidade de vida.

Dessa forma, ver aglomerações no Louvre ou na Torre Eiffel faz parte do espetáculo de Paris, mas quando um lugar lindo como a Île Saint-Louis vira uma espécie de aldeia do Asterix, com os moradores transformados em resistentes, ouvindo dia e noite o ruído das rodinhas, alguma coisa está errada.

Foto: Jenifoto/Shutterstock

A necessidade de um turismo responsável e sustentável

Sobretudo, o turismo é uma atividade importante para a economia e para a cultura, mas precisa ser feito de forma responsável e sustentável. Os turistas devem respeitar as leis, as tradições e os costumes dos lugares que visitam, além de contribuir para a preservação do patrimônio histórico e natural. Assim, todos podem aproveitar as belezas do mundo sem prejudicar ninguém.




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