O governo do Ceará prevê a abertura de diversos editais em breve, somando àqueles que já se encontram em andamento. O conteúdo programático abordado nestas seleções é diverso mas, um tema é recorrente em todas as provas regionais – a Geografia do Ceará. Trata-se da valorização do candidato local, bem como da própria região.
Frente à vastidão de informações, reunimos os principais dados referentes ao tema neste artigo. Confira, então, um resumo sobre os assuntos mais cobrados em provas no que toca à Geografia do Ceará para concursos.
Contexto histórico de formação
Registros a respeito do Ceará começaram a ser documentados na História Moderna, especialmente, a partir do século XVI. Os primeiros documentos dão conta de que a região era habitada por diversas etnias indígenas que tiravam seu sustento da extração de recursos naturais, pesca, agricultura e comércio com povos europeus.
A Capitania do Ceará foi doada ao provedor-mor da Fazenda Real, Antônio Cardoso de Barros, em 20 de novembro de 1535. Posteriormente, chegou a ser anexado à Capitania de Pernambuco mas, foi desagregado em 1799. Nesse período, lutas políticas e movimentos armados provocaram instabilidade que persistiu pelo Império e Primeiro República.
O cenário tornou-se estável, apenas, na reconstitucionalização do Brasil, em 1945. Porém, a atual formação histórica é fruto de fatores econômicos, sociais e adaptação à natureza. Nesse quadro, destacamos a interação entre africanos, europeus e povos nativos, além de sua adaptação à seca.
Um fato histórico importante foi que a abolição da escravatura, em 1884, foi assinada no Ceará.
Detalhes sobre o estado do Ceará
O estado do Ceará está localizado na região Nordeste do Brasil dotado de área territorial com 148.920,538 km². Possui 184 municípios que abrigam, aproximadamente, 8.452.381 habitantes. Geograficamente, faz limites com o Pernambuco (sul), Paraíba (sudeste), Rio Grande do Norte (leste), Piauí (oeste) e Oceano Atlântico (norte).
Localizado entre 2°S e 7°S, o Ceará se aproxima à Linha do Equador e, por isso, sofre a influência dos ventos alísios, intensificando o regime eólico. O litoral cearense tem 573km de extensão e atrai, anualmente, mais de dois milhões de turistas. A Floresta Nacional do Araripe, no sul, abriga a maior concentração de fósseis do Período Cretáceo no mundo.
O IBGE dividiu o estado em em sete mesorregiões e 33 microrregiões. O governo do Ceará, por sua vez, o dividiu em oito macrorregiões e vinte regiões administrativas. Existem, ainda, três regiões metropolitanas – Região Metropolitana do Cariri (RMC), a Região Metropolitana de Sobral (RMS) e a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Coordenadas geográficas: 05º 11′ S 39º 17′ W.
Bandeira do Ceará
A primeira versão da bandeira do Ceará foi adotada em 25 de agosto de 1922. A flâmula seguiu o padrão do símbolo nacional, trazendo um retângulo verde, losango amarelo e círculo ao centro. No meio deste, está o brasão da província, criado em 22 de setembro de 1897. Nele, estão sete estrelas brancas, quatro figuras representativas e um brasão.
As figuras são o sol e o farol de Mucuripe; a serra e um pássaro; o mar e uma jangada; o sertão e uma árvore de carnaúba. As cores da bandeira representam as matas, riquezas naturais e a integração do estado ao Brasil.
População
O povo cearense foi formado pela miscigenação de indígenas, negros e colonizadores europeus. No entanto, a ocupação do território deu-se sob a influência pelo fenômeno da seca. De acordo com dados do IBGE de 2017, a população cearense é estimada em 9.020.460 habitantes.
Sua distribuição ocorre de forma desregular, apresentando contraste demográfico entre as zonas mais e menos populosas. Os principais centros urbanos estão nas cidades de Sobral e Fortaleza, seguidas da Chapada do Araripe, devido à produção agrícola. Destacam-se as regiões do Vale do Cariri e Pacajus.
O Ceará tem, atualmente, quinze etnias indígenas nativas reconhecidas com população estimada de 22.500 pessoas.
Fortaleza
A capital do Ceará é, hoje, a cidade mais importante e populosa do estado, com estimativa de 2,6 milhões de habitantes. A cidade abriga a zona portuária, além de ser responsável pelo entroncamento viário. A influência fortalezense está, também, na concentração dos serviços industriais e comerciais.
Principais cidades
As cidades mais importantes economicamente e, também, populosas do Ceará, além de Fortaleza, são:
- Juazeiro do Norte: 270.383 habitantes na região metropolitana do Cariri
- Caucaia: 362.223 habitantes
- Sobral: 205.529 habitantes na região metropolitana de Sobral
- Crato: 135.604 habitantes na região metropolitana do Cariri
- Itapipoca: 127.465 habitantes na região norte
- Iguatu: 102.013 habitantes na região centro-sul
- Aracati: 73.188 habitantes na Vale do Jaguaribe
- Quixadá: 86.605 habitantes na sertão cearense
- Quixeramobim: 75.565 habitantes no sertão cearense
- Caucaia: 362.223 habitantes na região metropolitana de Fortaleza
- Eusébio: 52.667 habitantes na região metropolitana de Fortaleza
- Horizonte: 65.928 habitantes na região metropolitana de Fortaleza
- Maranguape: 126.486 habitantes na região metropolitana de Fortaleza
- Maracanaú: 224.084 habitantes na região metropolitana de Fortaleza
- Aquiraz: 79.128 habitantes na região metropolitana de Fortaleza
- São Gonçalo do Amarante: 78.265 habitantes, sede do Complexo Industrial e Portuário do Pecém
Relevo
O relevo cearense é caracterizado pelos planaltos, várzeas, planícies, serras e sertões, além de chapadas e cuestas. É delimitado, a oeste, pela Cuesta da Ibiapaba; a leste, pela Chapada do Apodi; ao sul, pela Chapada do Araripe; e, ao norte, pelo Oceano Atlântico. O interior do estado, por sua vez, possui a denominação de Depressão Sertaneja.
- Chapada do Araripe: compreende, também, áreas dos estados do Piauí e Pernambuco. O relevo é horizontalizado e atinge altitudes médias de 750m porém, algumas formações atingem mais de 900m. Vegetação variada, incluindo carrasco, caatinga, floresta tropical e cerradão. De suas escarpas, surgem fontes e mananciais que irrigam o sopé, garantindo mais fertilidade, tornando o Vale do Cariri uma das áreas mais povoadas do Ceará
- Chapada do Apodi: tem relevo tabular com origem sedimentar. Ocupa o extremo leste cearense e apresenta altitudes modestas de, no máximo, 250m de altitude. Compreende área de transição entre a Zona da Mata e a Depressão Sertaneja, com índice pluviométrico e taxa de umidade baixos.
- Chapada da Ibiapaba: as altitudes médias chegam a 750m com relevo íngreme na parte voltada para o Ceará e suave na porção direcionada ao Piauí. Apresenta variações climáticas e de vegetação ao longo de sua extensão. Na porção da Depressão Sertaneja, a vegetação é tropical frondosa e densa. A oeste, as chuvas diminuem e o clima toma características de semi-árido na presença da vegetação de carrasco. Ao sul, predomina a caatinga, também, com índice pluviométrico baixo.
As costas e chapadas do território do Ceará possuem formação sedimentar enquanto as serras são formadas por maciços de origem cristalina. Como exemplos de serras úmidas, podemos citar:
- Serra de Baturité
- Serra da Meruoca
- Serra de Uruburetama
- Serra de Maranguape
- Serra do Machado
Nas serras cuja altitude passa dos 600m, o clima é úmido por apresentar maior índice pluviométrico. Nessas regiões, a vegetação encontrada tem características de floresta tropical apresentando, porém, trechos de caatinga. Outra formação presente, especialmente, no Sertão, são os inselbergs, resquícios de relevo antigo alto erodido.
O ponto mais alto do estado é o Pico Serra Branca, localizado na Serra do Olho d´Água, com 1.154m de altitude. Em segundo lugar, vem o Pico Alto, situado em Guaramiranga com 1.114m de altitude. Constitui forte atração turística graças à paisagem que une serra e sertão que pode ser observada do alto da Serra de Guaramiranga.
Geologia
A geologia cearense pode ser dividida, de modo geral, em duas grandes unidades distintas – o sedimentar e o cristalino que, inclusive, ocupam 74% do território, composto por rochas antigas.
Clima
Boa parte do território cearense está localizado na sub-região do sertão nordestino, cuja principal característica é o clima semi-árido. Tanto que a área é chamada, também, de Polígono das Secas. O índice pluviométrico é baixo com secas periódicas. As temperaturas variam de acordo com a região do estado.
No litoral, predomina clima quente semiúmido com temperaturas médias de 27°C. No sertão, os termômetros atingem pontos mais altos, normalmente, acima de 29°C. Nas serras, o clima é mais ameno, com temperaturas mais baixas, umidade relativa do ar alta e registros de 22°C, em média.
Nas regiões úmidas, o período de chuvas está compreendido entre janeiro e julho mas, tem uma estação pré-chuvosa em dezembro. Com altimetria mais alta, tais locais apresentam índices pluviométricos que ultrapassam os 900mm anuais, o que corrobora para a manutenção da umidade por seis meses.
A ocorrência de chuvas em todo o estado tem a contribuição de dois sistemas meteorológicos – a Zona de Convergência Intertropical – ZCIT (provoca umidade no máximo da sua oscilação no Hemisfério Sul) e a massa Equatorial Atlântica (transporta os ventos alísios úmidos).
A orografia (montanhas) provoca as chuvas de relevo, trazendo umidade para a Depressão Sertaneja. Nas porções semiáridas, a escassez de chuvas predominam no estado, especialmente, na região central. A amplitude térmica anual é baixa enquanto as taxas de evapotranspiração são altas.
Aqui, o período chuvoso dura entre fevereiro e abril mas, as secas podem chegar a nove meses. Aproximadamente, 92% do território cearense é influenciado por essa variação climática que afeta a Depressão Sertaneja e os sopés de serra. Os índices pluviométricos variam entre 500 e 800mm anuais, prejudicando a agricultura e a população.
Vegetação
A maior parte do estado é dotado da caatinga, bioma brasileiro encontrado na região Nordeste. Sua principal característica é a vegetação xerófila com espécies resistentes à escassez de água, como o cacto. Dois tipos de unidades da caatinga são encontradas no Ceará, sendo elas:
- caatinga arbórea: árvores altas que chegam a atingir 20m de altura de caules retos, além de espécies menores arbustivas. Principais espécies: aroeiras, braúnas e angicos vermelhos.
- caatinga arbustiva: porte baixo, caules retorcidos e densidade variável entre abertos ou fechados. Principais espécies: mandacarus, sabiás e catingueiras.
Na faixa litorânea, apresenta salinas, matas ciliares e de tabuleiro, além de vegetação de restinga. Nas serras, são encontradas florestas tropicais divididas entre matas úmidas (árvores de grande porte) e secas (não estão associadas a cursos d´água). Na divisa com o Piauí, predomina a vegetação de carrasco, com xerófitas e espécies variáveis.
Voltando às matas ciliares ou de galeria, estas ocupam os vales úmidos dos rios e riachos, possibilitando a formação de povoados. As principais espécies encontradas são o juazeiro, oiticica, carnaúba e mulungu. As vegetações de dunas, mangues e tabuleiro são menos expressivas, porém, de grande importância.
A vegetação de dunas é caracterizada pelos coqueiros espalhados nas praias, além de espécies como capim-da-praia, salsa-de-praia, murici e grama da areia. Os tabuleiros, por sua vez, são planaltos de baixa elevação compostos por vegetação rala e areia. Por fim, os mangues são encontrados em áreas influenciadas pela ação das marés.
As principais características desse tipo de vegetação são o porto arbustivo, a pouca variedade, raízes suspensas, adaptação à umidade e a salinidade. A importância dos mangues está na manutenção do clima, além de evitar o alagamento das áreas ao redor. Também é fonte de renda para as populações ribeirinhas.
Unidades de conservação
O Ceará possui mais de 60 unidades de conservação, entre reservas extrativistas, corredores ecológicos, jardim botânico, floresta nacional, monumentos naturais, estações ecológicas, reservas particulares, parques ecológicos, reservas de patrimônio natural particulares e Áreas de Proteção Ambiental (APA).
As UC’s estão sob cuidados federais, estaduais ou municipais, a maioria voltada para a preservação da vegetação litorânea, caatinga e matas úmidas. Como exemplos de unidades de conservação, podemos citar:
- Parque Estadual do Rio Cocó
- Parque Nacional de Jericoacoara
- Parque Ecológico do Acaraú
- Estação Ecológica de Aiuaba
- Estação Ecológica Castanhão
- APA da Bica do Ipú
- APA da Serra da Aratanha
- APA da Serra do Baturité
Fauna
A variedade de habitats permite que o Ceará tenha vasta biodiversidade animal com espécies espalhadas ao longo do litoral, sertão e serras. Algumas, inclusive, são encontradas apenas em seu território. É o caso do soldadinho-do-araripe, ave que habita, exclusivamente, a Chapada do Araripe.
Também são característicos do Ceará espécies como:
- jandaia
- garça
- martim-pescador
- uirapuru-laranja
- beija-flor
- lavandeira
- gaivotas
- galinha-d’água
- caranguejos
- cará
- aratinga-de-testa-azul
- bem-te-vi
- besouro-hércules
- calango
- cobra-coral
- cobra-lisa
- quati
- queixada
- ema
- tamanduá-bandeira
- gavião-carijó
- teiú-branco
- tatu peba
- jaguatirica
- veado-mateiro
- veado-catingueiro
- jabuti
- gavião-carrapateiro
- gato-do-mato
Hidrografia
Os rios cearenses são temporários devido à estação das secas. O norte é banhcado por pequenos rios, como o Aracatiaçu e o Acaraú. Os principais rios do Ceará são:
- Rio Jaguaribe: com 610km de extensão, abriga os Açudes Oró e Castanhão, os maiores reservatórios de água do estado
- Rio Acaraú: 320km de extensão
- Rio Banabuiú: 314km de extensão
- Rio Salgado: 308km de extensão
- Rio Ceará: 60km de extensão, é a divisa entre Fortaleza e Caucaia
- Rio Choró: 205km de extensão
Recursos Minerais
Os principais recursos minerais encontrados no Ceará são o calcário, ferro, argila, granito, magnésio e, também, água mineral.
Economia
A economia cearense tem base diversificada e destaca a importância das atividades turísticas, industriais, extrativistas, pecuária e agricultura. Na primeira, atende a diversos tipos de turismo, como o religioso, cultural, rural, aventura e ecoturismo, bem como a procura por um dos pontos localizados em seu extenso litoral.
Na pecuária, é relevante a criação de suínos, caprinos, bovinos, carcinicultura, asininos, aves, eqüinos e ovinos. Na agricultura, os principais cultivos são milho, arroz, feijão, castanha de caju, cana-de-açúcar, laranja, banana, tomate, mamona e mandioca. A atividade, entretanto, é limitada pelo regime de chuvas.
No sertão, o cultivo de algodão, milho e feijão mostra o sistema de consorciação praticado nas culturas de subsistência. No litoral, os cajueiros se misturam a estas culturas, em regime de sequeiro e em regime irrigado com o maracujá, melão e melancia. Outra atividade que contribui para a economia do estado é o extrativismo.
A mineração está concentrada na exploração de ferro, água mineral, petróleo, gás natural, argila, calcário, magnésio e granito. Em Santa Quitéria, por exemplo, está localizada a maior reserva de urânio do país. Na indústria, o ponto forte está no Distrito Industrial de Maracanaú, importante complexo localizado na região metropolitana de Fortaleza.
Os setores desenvolvidos na indústria cearense incluem o químico, metalúrgico, têxtil, vestuário, alimentício e calçadista. Mas, uma área que merece menção é o artesanato, especialmente, a renda de bilro. A atividade é exercida por mulheres de comunidades do interior e a produção é distribuída na faixa litorânea.
Importante, também, lembrar do labirinto praticado pelas mulheres de jangadeiros nas regiões de Beberibe, Aracati, Fortaleza e Cascavel, bem como a cestaria encontrada nos municípios de Sobral, Russas, Limoeiro do Norte, Jaguaruana, Aracati, Massapé, Crateús, Baturité e Camocim. Este emprega a palha de carnaúba, do bambu e do cipó.
Culinária típica
A culinária típica cearense é uma das grandes estrelas do estado e tem uma lista extensa de iguarias. Entre elas, estão:
- Carne de Sol com macaxeira
- Rapadura
- Tapioca
- Sarapatel
- Peixes
- Sarrabulho
- Cuscuz
- Bolo Mole
- Moqueca
- Baião de Dois
Realidade e principais problemas
Os cinco municípios com maior PIB per capita no estado são: Eusébio (R$ 23.205), Horizonte (R$ 15.947), Maracanaú (R$ 15.620), São Gonçalo do Amarante (R$ 14.440) e Fortaleza (R$ 11.461). Todos estão acima da média estadual, que é de R$ 7.112. Os dez municípios de maior PIB abrangem 67,86% do PIB total.
Quanto à realidade da população, 78,44% das crianças e adolescentes até 17 anos frequentam creches ou escolas, enquanto 21,56% encontra-se fora destas instituições. Em 2017, o Ceará teve 389.478 alunos matriculados no ensino médio da rede estadual. A rede pública de ensino, a propósito, está entre as melhores do país.
O índice de analfabetismo entre pessoas acima de 15 anos é de 19,2%, sendo que 30,7% nessa faixa etária são analfabetos funcionais. Na outra ponta, 82,8% da população é alfabetizada. A expectativa de vida do estado é de 73,6 anos e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,682.
A seca é uma das principais preocupações da população cearense. Mais de 1.700 casos de estiagem foram registrados, somente, entre os anos de 1991 e 2012. Nesse período, apenas a região metropolitana de Fortaleza não registrou nenhuma ocorrência. Em 2012, 178 municípios decretaram situação de emergência pela falta de chuva.
A situação foi mais grave nas cidades de Penaforte, Pedra Branca, Madalena, Catunda, Acopiara, Caridade, Mombaça e Tauá. Outros problemas graves relacionados ao meio de ambiente são a poluição do ar nas cidades maiores, o desmatamento e a consequente desertificação do solo.
A criminalidade, também, é um grande problema enfrentado pelos cearenses. A capital, Fortaleza, figura entre as capitais mais violentas do Brasil, com elevadas taxas de homicídios, roubos e furtos. Sete dos municípios do Ceará estão entre as 500 cidades com maior taxas de homicídios do país.